O debate entre candidatos à presidência do Vasco na tarde deste domingo (03/08), na Rádio Globo, reuniu apenas 3 concorrentes: Júlio Brant (Sempre Vasco), Nelson Rocha (Vira Vasco) e Tadeu Correia (Vasco Passado a Limpo).
Dos 3 candidatos ausentes, Eurico Miranda (Volta Vasco! Volta Eurico!) comunicou antecipadamente que não iria comparecer; Roberto Monteiro (Identidade Vasco) avisou que se atrasaria, mas acabou não aparecendo; e Eduardo Nery (Vasco Mais que um Gigante) lançou sua candidatura somente no último sábado (03/08) e não constava da relação inicial de participantes.
O debate foi mediado por Eraldo Leite e teve também a participação de Rafael Marques, Sergio du Bocage, Felippe Cardoso e Dé Aranha. Esta foi a primeira vez (pelo menos nos últimos 20 anos) em que candidatos à presidência do Vasco realizaram um debate ao vivo, cara a cara.
A íntegra do debate pode ser ouvida no player abaixo:
Fonte: NETVASCO (texto), Rádio Globo (áudio, foto)
Candidatos à presidência do Vasco condenam administrações passadas e apresentam suas ideias para o clube
No início da tarde deste domingo, três dos seis candidatos à presidência do Vasco debateram e apresentaram suas propostas e ideias para caso sejam eleitos na próxima quarta-feira, no pleito que acontece em São Januário, das 9h às 22h. Quem não compareceu ao encontro foram o ex-presidente do clube Eurico Miranda, recusou o convite. Roberto Monteiro que confirmou presença, mas não compareceu e Eduardo Neri que teve sua candidatura registrada apenas na noite deste sábado e, por estar em Brasília, não pode comparecer. Estiveram presentes os candidatos Julio Brant, jornalista, administrador e vice-presidente da empresa Andrade Gutierrez ( chapa Sempre Vasco) Nelson Rocha, vice presidente de finanças do vasco entre março de 2009 e julho de 2012 (chapa Vira Vasco); Tadeu Correia, Dr em Gestão do Esporte e Educação Física (chapa Vasco passado a limpo).
Vários temas foram abordados durante o debate, como a crise financeira pela qual passa o clube, a falta de cuidado com as categorias de base, abandono social do clube, gestão profissional e até tão discutida construção de uma arena em São Januário.
Confira, abaixo, os principais trechos do debate. Acima, ouça tudo o que foi discutido nos estúdios da Rádio Globo na íntegra.
Por que não há uma chapa da situação?
Nelson Rocha
Ninguém apoia a situação porque ninguém quer que continue do jeito que está aqui, um desastre total. E ninguém quer o ex (Eurico Miranda) de volta , porque deixou o clube na situação que estava e hoje boa parte do que aconteceu é fruto disso, do descaso e descompromisso com a situação financeira que foi feita ao longo dos anos. O que se precisa hoje é uma terceira via, alguém com experiência no futebol, em gestão administrativa e especialmente uma coisa que a gente esquece: o clube é um a entidade que tem seus atores políticos que afetam na gestão. Tem que se ter uma pessoa experiência na relação que se terá com esse público, alguém com firmeza de proposta. Pessoas firmes, mas sem arrogância e truculência, mas que faça o Vasco retomar o prestígio que sempre teve.
Julio Brant
A candidatura do Roberto Monteiro é uma candidatura de situação, e não de oposição. Os nomes que estão lá são os nomes que estão no vasco há muito tempo. São duas as candidaturas de situação, do Eurico e do Roberto. É só ver os nomes que estão ali presentes, são os que levaram o Vasco à situação que está hoje, de falência total. Nosso projeto é um projeto de gestão de futebol, não de politicagem.
Tadeu Correia
Natural seria a situação estar do lado do presidente atual. Quando houve a denuncia desse “mensalão vascaíno”, e agora em 2014, quando tiveram problemas que foi parar na delegacia, percebemos que o comportamento da atual presidência não foi o de garantir que os documentos do Vasco estivessem seguros, então ficamos com receio, nos reunimos para lançar nossa chapa. Existe um bloco de coisas positivas e outro de coisas negativas. Gosto muito de quem vem de fora do paradigma, pois que vem consegue enxergar o que quem está lá dentro não enxerga. A melhor solução é todos nós nos unirmos.
Categorias de base
Nelson Rocha
O clube tem de alguma forma fazer adquirir os 100% dos direitos econômicos dos jovens atletas. Esse é o sentimento de pertencimento que queremos trazer pelo clube, vamos trazer para o Vasco somente aquele jogador que tenha orgulho de vestir essa camisa, não será mais um clube de aluguel, clube para colocar jogador de empresário. Esse sentimento será simbolizado com mística dos “camisas negras”. O Vasco jogará todo de negro, da cabeça aos pés, porque quando entrar lá naquele estádio vão ter medo de enfrentar os camisas negras, porque sabe que os jogadores vão lutar até os 45 do segundo tempo.
Julio Brant
Nossa ideia para a base é construir um centro de treinamento e já temos conversas com investidores para isso e temos uma carta de compromisso com recursos para isso. Vai ser um centro de referência na formação de jogadores, com profissionais de várias disciplinas como psicólogos, terapeutas, professores, etc. Temos que formar hoje jogadores, mas não só jogadores, cidadãos também. Qualquer projeto nosso tem que levar em consideração a condição social dos jovens do país.
Tadeu Correia
Tive a oportunidade, através do Vasco, de na minha dissertação de mestrado mostrar que o futebol alemão é melhor que o futebol brasileiro. Depois elaborei um modelo de desenvolvimento para revelação de talentos, pela experiência que vivi no Vasco. As categorias de base é um caos no futebol brasileiro. Não existe um processo pedagógico para ensinar aos jogadores nem o que eu m 433, um sistema simples no futebol. As pessoas que ocupam os cargos nas categorias de base dos clubes são despreparadas.
Crise financeira
Nelson Rocha
Todo os ex-presidentes tem responsabilidade, não falo só do Eurico, falo do Calçada, do Dinamite , porque o futebol brasileiro é perdulário e não pode continuar fazendo o que está fazendo. Tem de se ter rigor. Temos que ter responsabilidade para que o clube tenha crédito. O vasco terá que atuar na sua receita própria, porque para capital de terceiros o clube não tem mais garantia para dar. Tem uma série de soluções, como bilheteria e programa de sócios.
Julio Brant
É óbvio que a responsabilidade final cai em cima do presidente. Por isso é importante que esse presidente tenha capacidade de analisar as contas do clube e delegar profissionais que saibam fazer isso. Fizemos algumas comparações com outros clubes brasileiros, dos cinco mais endividados do Brasil em questões tributárias, quatro são daqui do rio e o Vasco está entre eles. Existe um caos na gestão de administração desses clubes. Quando falamos de responsabilização, a minha opinião é uma só: o presidente é o responsável, pois é um dever dele. Todos que participam do nosso projeto são profissionais do mais alto padrão.
Tadeu Correia
O presidente atual tem uma culpa relativamente alta porque conseguiu acelerar isso. Mas o problema maior está na gestão, a gestão do clube hoje é zero. É um processo administrativo caótico e em queda vertiginosa. O financeiro do vasco melhorou bastante, mas ainda é caótico. De uma forma geral a responsabilidade tem nome e os funcionários deveriam ser penalizados.
Projetos sociais do clube
Nelson Rocha
Temos alguns projetos específicos como estabelecer convênios com as casas portuguesas para que eles se tornem sócios dos Vasco da Gama. Outra questão é trazer o sócio para dentro do clube, resgatar o projeto de integração no calabouço para que ele se torne um grande complexo esportivo, para que seja a sede efetiva do clube. Porque São Januário será transformado numa arena multiuso de forma que ele gere retorno para o clube através de shows, não só no futebol. Queremos também incorporar um shopping no local.
Julio Brant
O Vasco era um clube social e isso não existe mais. Estive no Real Madrid e você vê claramente a diferença de como os clubes europeus exaltam o seu passado com vistas ao futuro. O passado está ligado ao futuro, quanto mais forte estiver essa ligação com o passado, melhor será o futuro. O Vasco vive uma crise de imagem, o sócio entra em São Januário e ele não sente mais aquele arrepio de entrar no estádio. Temos que resgatar a história do clube. O passado do vasco é vencedor e de glória. Temos algum projeto de pequenas intervenções em São Januário, afim de tornar o clube mais agradável. Ter acessibilidade, ser limpo porque o banheiro é uma sujeira, um lugar para que a família possa estar junta e dentro do clube.
Tadeu Correia
Pretendemos criar uma divisão dentro do departamento social : a de responsabilidade social, para mudarmos os enfoque que se tem dentro do clube hoje. Como vamos falar que o clube tem responsabilidade social se os funcionários não podem utilizar nem mesmo o plano de saúde?
Viabilização da construção de uma arena em São Januário
Nelson Rocha
Apesar da concorrência do Maracanã, existe um espaço porque S. Januário fica na linha da extensão do Porto Maravilha, o que facilita. Não dá para ter estádio sem que o entorno esteja feito. É uma obra que demanda muitos recursos, e tem que ter trato político. Agora o projeto tem auto-financiamento do próprio projeto, porque o Vasco tem algum problema com as suas garantias. Uma parte dos recursos viriam do name rights, a concessão do nome da Arena que seria explorado por 20 anos e o restante seria financiado pelo BNDES com a garantia daqueles que fossem operar a concessão. O modelo está pronto, e o clube tem a oportunidade de trazer para dentro de si um estádio moderno, com previsão estimada de 45.000 pessoas para que a gente posso disputar as finais da Taça Libertadores, entre outras coisas.
Chegada de novos recursos em São Januário
Tadeu Correia
Primeiro você levanta um cenário, e depois você vê as possibilidades, probabilidades e metas a serem alcançadas. Os problemas do Vasco de conseguir recurso todo mundo já sabe, com TV, com as camisas, a marca. Mas não adianta você conseguir milhões se estes milhões vão escorrer pelos ralos. Hoje você aluga um CT profissional que não precisaria alugar. Eu não tenho que ficar pensando em construir uma Arena se eu não estruturei o mínimo para o meu futebol profissional. A quantidade de água que é desperdiçada, de energia elétrica em São Januário, não tem controle nenhum. Então como é que você pensa no aporte se não se prepara para receber? Tem funcionário lá sem capacitação nenhuma ganhando cinco, seis, doze mil reais.
Como foi o trabalho desta sindicância, quais os resultados que ela encontrou, e o que foi o mensalão vascaíno?
Tadeu Correia
O mensalão surgiu de uma reportagem da globo.com porque eles publicaram que o ex-presidente Eurico Miranda estava entrando na secretaria e pagando. A partir daí, pedimos que fosse montada uma comissão de sindicância, que era para ter terminado em 2013 mas não conseguimos porque houve um boicote muito grande da secretaria ao processo. Nós não trabalhamos com nome, e sim com número de matrícula, mas começamos a reparar a incidência muito grande dos mesmos nomes nos processos, nomes ligados à chapa do Eurico Miranda e Roberto Monteiro. A partir daí fizemos um relatório, dizendo que não concordamos que estes sócios sejam aprovados, porque eles feriram o estatuto, mas até hoje o presidente não assinou esta ficha. Foram detectados estes grandes universos, com 800 e 1800 sócios. Várias vezes foi pedida a relação do número de sócios, que o presidente não enviou. Fizemos várias reuniões, e pedimos ao presidente, mas ele disse que não ia entregar, porque ‘vou falar mal de mim?’. O processo ficou amarrado, e houve um pedido de devoluções das fichas, mas não queríamos devolver para não prejudicar o processo. Acabaram tirando da nossa mão à força cerca de 300 fichas, e nós fechamos as salas, pedimos ajuda para o delegado, trancamos as salas e ele nos deu apoio policial, lacramos todas as fichas, e aí começou uma briga judicial, o que é um absurdo pois este é um documento que o próprio presidente deveria ofertar com toda a tranquilidade. Quando saiu o relatório, a justiça pôde liberar as fichas que estão na delegacia, e nenhuma delas estão assinadas pelo presidente. Eu não entendo como colocaram essas pessoas como sócios se o presidente não assinou atrás. Queria deixar registrado que no meio do processo foi decidido que eu iria me lançar como candidato, mas eu não fiz nenhuma campanha até o fim do relatório.
Considerações finais
Júlio Brant
Queria registrar minha tristeza com a ausência dos demais candidatos, pois isso demonstra a falta de espírito com o torcedor, que exige cada vez mais transparência e mais ética, o que mostra claramente o que eles querem para o Vasco. Nossa proposta é ter um clube extremamente transparente, publicando balanços no site, transmitindo na internet reuniões internas de conselheiros. O programa de sócios tem que ser inclusivo porque o vasco é um time nacional, tem muito sócios que não vem ao rio de janeiro. Porque o sócio não pode votar pela internet? Porque querem controlar o processo, como nós vimos aí. Nós vamos lutar até o fim por um processo com lisura, houve de fato o mensalão, os candidatos Miranda e Monteiro pagaram sócios para entrar no quadro social do clube com o objetivo único de fraudar o processo eleitoral, isso é uma vergonha, eu me sinto envergonhado. Segundo, a nossa candidatura é para transformar o vasco em um clube moderno, um clube com resultado, claro que não adianta montar uma empresa linda sem ter título, eu quero vitória, e para isso tem que ter um clube organizado. É nisso que eu posso colaborar, trazer o Vasco para o mundo e o mundo para o Vasco.
Nelson Rocha
Quem viveu regimes autoritários sabe o valor da democracia. Eu, que fui expulso do clube, sei o quanto dói não poder participar do clube do coração. Por isso eu acabei incluindo o Júlio que não estava na lista de elegíveis para o processo eleitoral. As pessoas me perguntaram por que, mas para mim quanto maior o debate, quanto mais chapas e diversidade de opiniões, melhor. Lamentar também a ausência dos candidatos que justamente estão sendo investigados, porque a gente quer lisura no processo. A nossa tradição não permite que o Vasco se quede a este tipo de prática. Ficou claro para os ouvintes a competência, experiência e a credibilidade que a nossa chapa pode trazer para o clube, e juntas elas podem fazer um Vasco diferente, um Vasco vencedor, campeão. Mas para ser campeão, precisamos ter planejamento, organização, e precisamos ser sérios, o que a gente não vê há muito tempo.
Tadeu Correia
Uma pergunta feita constantemente é ‘se o Vasco está falido, porque tantos candidatos?’. Mas dentro do amor vem a doação e o desprendimento. Quando temos um filho doente e ele vai para o CTI, nossa vontade é entrar lá e ficar do lado do médico para ver se ele vai fazer tudo certo. Ninguém deixa alguém que está passando por problemas morrer, ninguém foge dessa briga. Então é essa vontade de não permitir que o Vasco acabe daqui a dois mandatos, porque ele está indo pro buraco muito rápido. Em S. Januário tem uma inversão de valores, funcionário mandando em diretor, em Vice-Presidente. O caos em S. Jnuário não é só financeiro, é moral, ético. Do futebol, agregado tem um departamento médico que precisa de uma reestruturação completa, tem um modelo de funcionamento ultrapassado. Não tem uma área de pesquisa, não se fala em medicina do esporte, não tem uma continuidade e um plano de carreira, só se pensa no fisioterapeuta e no ortopedista. Nos esportes femininos não tem uma ginecologista, se as pessoas passarem mal durante seu expediente não tem um médico para atender. Esportes olímpicos: sou radicalmente contra um departamento de esportes olímpicos, isso se chama redução ao absurdo, ou seja, você juntar uma grande estrutura com federações diferentes, habilidades diferentes e intervenções diferentes. Departamento infanto-juvenil: deve continuar com uma outra roupagem, que mostre à Confederação Brasileira de clubes que existe um clube formador, porque uma das coisas que vai abater na divida fiscal é provar que cada atleta formado vai abater naquela dívida.
Fonte: Rádio Globo
Veja como foi o debate na Rádio Globo entre os candidatos à presidência
A Rádio Globo realizou na tarde deste domingo(03/08), durante o programa Enquanto a bola não rola, um debate entre os candidatos à presidência do Club de Regatas Vasco da Gama, cujo processo eleitoral está marcado para o dia 6 de agosto. Estiveram presentes os candidatos Julio Brant, da chapa 'Sempre Vasco', Nelson Rocha, da chapa 'Vira Vasco' e Tadeu Correia, representando a chapa 'Vasco passado a Limpo'. Os candidatos Eurico Miranda, da chapa 'Volta Vasco Volta Eurico' e Roberto Monteiro, da chapa 'Identidade Vasco', foram convivados, mas não compareceram. Confira como foi o debate a seguir.
Por que ser presidente do Vasco?
Julio Brant- indignado com a situação do Vasco, considera a tradição jogada no lixo e vê a instituição desrespeitada. “Eu sempre digo que minha infância no Vasco da Gama foi de clube social, de alegria e muita confraternização no Club de Regatas Vasco da Gama. Hoje em dia vemos o clube largado, abandonado, triste, cinza, desagradável e de um ou dois donos, acho isso um absurdo pro Vasco. Isso me indignou e quando fui chamado pelo grupo IBMEC, que começou a pensar num modelo novo pro Vasco, do qual o Edmundo faz parte, eu entendi que seria a oportunidade que eu tinha de trazer para o grupo e esse time a minha indignação e colocar isso na prática.”
Nelson Rocha- Considerou a candidatura como uma convocação e uma convocação para o clube que ama e disse não poder deixar de lado. “É uma convocação de vários executivos do mercado, de advogados e pessoas que se uniram e tinham percebido o quanto o Vasco se apequenou e entenderam que deveríamos formar uma chapa. Antes do interesse na candidatura, preparamos um projeto, pensamos em como administraríamos o clube para depois uma candidatura, que não é fruto de um desejo pessoal do Nelson, mas do entendimento de uma melhor proposta, de um melhor modelo para que o clube pudesse voltar a ser chamado de ‘o Gigante da Colina’. O clube precisa de preparo, competência, credibilidade para resgatar esse status que o clube sempre teve ao longo da sua história e perdeu.”
Tadeu Correia-começou cedo no Vasco, nos anos 70, esteve no departamento de futebol profissional e amador. “Estou muito triste, o que destrói o Vasco hoje é o processo político em que os objetivos pessoais estão sempre à frente do objetivo maior, que é o Club de Regatas Vasco da Gama. Não falta projeto para o Vasco, mas saber colocar em prática os projetos que foram estudados e que existem, é o x da questão. Quem for o profissional da área de gestão, vai levar tremenda vantagem nesse processo. O problema não é aparecer um candidato com um projeto mirabolante, mas saber quem vai colocar em prática. Eu me preparei academicamente, meu sonho era chegar no Vasco e ajudar o Vasco, principalmente na área de gestão do esporte.”
Planos para o futebol profissional
JB-Comitê gestor do futebol, com um grupo de profissionais preparados e ligados diretamente ao futebol com condições de entender o futebol moderno, como trazer o conceito de futebol de resultado.
NR-Futebol profissional terá no mínimo um terço de jogadores da base, criação de cargo de diretor executivo da base, remuneração variável para maior competitividade, um terço de valor fixo e outra parte variável, conforme resultados, comitê formado pelo vice-presidente de futebol, diretor executivo de futebol, diretor executivo da base, vice-presidente de finanças e vice-presidente de marketing.
TC-Plano de cargos e salários enxuto, com atletas trabalhando por produção, futebol amador com linha de montagem e gestão de qualidade, jogador formado nos juniores ser aproveitado e não jogado diretamente no mercado.
Por que motivo não há chapa única e quem é candidato de situação e oposição?
JB-considera candidatura de Roberto Monteiro de situação, assim como de Eurico Miranda. “Os nomes que estão presentes estão gerindo o Vasco há muito tempo, vejo duas candidaturas de situação. A do Eurico é de situação, por questões óbvias, e a do Roberto Monteiro que, no fundo, é uma parte do todo que está gerindo o Vasco, e levou o Vasco a essa falência. Nossa proposta é moderna, um projeto de pessoas ligadas a gestão e ao futebol, nunca passou no conceito do grupo em pensar em nomes. Deixamos d elado a politicagem e focamos nosso trabalho num trabalho técnico e de gestão para o Vasco da Gama. E me perguntam a razão de ter demorado a lançar o nome, nossa ideia era maturar o projeto, pensar num projeto bom para o Vasco.”
NR-Prega a necessidade de uma terceira via, tendo em vista o quadro atual do clube.. “A situação do atual presidente e do ex-presidente é fruto de não ter ninguém querendo apoiar a situação e ninguém quer a continuidade do que está aí, face à apatia do que se apresentou no segundo mandato. O que é necessário hoje é uma terceira via, alguém que possa efetivamente, a partir da experiência acumulada, em futebol, principalmente em gestão esportiva, para administrar de forma efetiva, contundente e com firmeza de propósito. O clube não pode se apequenar, tem que ter pessoas firmes, mas sem arrogância, sem truculência, que façam o Vasco retomar o prestígio que teve ao longo do tempo que se perdeu.”
TC-proposta de união entre grupos políticos. “Natural seria a situação estar ao lado do presidente atual, isso naturalmente acontecia. Quando houve a denúncia do denominado ‘mensalão vascaíno’, começou a transcorrer o processo e quando chegou 2014, alguns problemas foram parar na delegacia, tentando pegar documentos à força, e percebemos que o posicionamento da atual presidência não foi condizente com garantir os documentos que são do Vasco. Ficamos com receio, fizemos uma reunião e decidimos que teria um candidato. Não se define quem é situação ou oposição, mas divido em blocos de coisas positivas e negativas,chapas positivas e negativas, seria esse o cenário. A melhor solução seria todos nós nos unirmos”
Proposta para a base
JB- “A base é a base. O Vasco tem o histórico de lançamento de craques e ídolso todos formados na base do clube, ídolos que foram artilheiros históricos, a história do Vasco mostra que o caminho é a base ”, diz o candidato. Ideia de construir CT, conversa com investidores, há carta de compromisso para viabilizar o investimento. CT como centro de excelência de formação de jogadores, com profissionais multidisciplinares, como psicólogos, fisioterapeutas, professores, médicos, nutricionistas, profissionais de diversas áreas para formar o cidadão, e não só o jogador.
NR-“Quando falei em ter um terço nos profissionais com atletas oriundos da base, começa aí o projeto. Os meninos que forem para o profissional não terão interesse por outro clube porque sabem que vão ter mais oportunidade.”. Para o candidato, o clube deve ter 100% dos direitos econômicos e diminuir a relação com empresários. O sentimento de pertencimento, também destacado, significa que só jogará no Vasco quem tiver orgulho de vestir a camisa do clube, não sendo mais um clube de aluguel, regate dos camisas negras, com time sempre vestido de preto.
TC-“Antes de olhar para a base, tem que haver boa estrutura”, disse Tadeu. Faz proposta em 2013 de modelo de desenvolvimento para revelação do talento, frisa pela existência do supervisor que entenda do processo de treinamento e cobre do treinador.
Nominação de responsáveis por caos financeiro e soluções
JB-Para o candidato, o responsável pelo clube é o presidente e é importante que o presidente saiba delegar poderes a quem saiba gerenciar as contas do clube. “Quando se fala de responsabilização, é uma só, do presidente, é dele a responsabilidade de gerir o clube e de delegar.
NR-Ex-presidentes responsáveis, como Eurico e Calçada, além do atual, Roberto Dinamite. “Há nome e endereço, é lá na rua General Almério de Moura, os ex-presidentes todos têm responsabilidade. O futebol brasileiro é perdulário, nãompode continuar o que está fazendo, é preciso ter rigor.”
TC-“A piscina é um dos sintomas do problema do Vasco nas administrações anteriores. Se fizermos um divisor de águas, em 2008 e antes de 2008, a dívida era 70%, todos têm 70% de culpa até 2008, mas de 2008 até hoje são 30%. O presidente atual tem uma culpa relativamente alta porque conseguiu acelerar o processo. O problema está no clube, que não tem gestão e um processo administrativo caótico e em queda vertiginosa.”
Projeto para questão social do Vasco
JB-“O Vasco vive 3 crises, operacional financeira e de imagem, mas a mais grave é a de imagem, o sócio chega ao clube e não sente mais aquele arrepio de entrar no estádio, o tempo é limitado para entrar na sala de troféus, não é a melhor maneira de tratar a história do clube. O passo é vencedor, de glórias e superação. Quero resgatar isso.” O candidato propõe fazer pequenas intervenções em São Januário para fazer deste um estádio agradável, como limpeza, melhora na acessibilidade de idosos e portadores de deficiências.
NR- “O clube se apequenou e isso afasta sócios, primeira coisa é ter sócios e tentar fidelizá-los e que não haja vinculação só ao futebol”, disse Nelson. Propõe convênios com casas portuguesas para torcedores se tornarem sócios do clube, resgate ao projeto de integração da Sede do Calabouço e torná-lo um grande complexo esportivo e que este seja sede associativa e com participação efetiva. Além disso, há proposta de tornar São Januário uma arena multiuso para ser usada pelo futebol e shows e acoplamento do estádio a um shopping.”
TC-“Vemos o projeto social como de sustentabilidade. O sócio tem que ser cativado, ele não tem uma piscina para frequentar, nem evento para participar. Onde estão os bailes de carnaval e os eventos que o pessoal vivia e esperava dentro do Vasco? Temos que fazer um plano de sócio que agregue esse valor a esse programa, isso é fundamental.” Sugere um departamento de marketing agregado, divisão no departamento social de responsabilidade social para mudar os enfoques no clube.
Fonte: Supervasco