Há cerca de 12 anos na NBA, inicialmente pelo Denver Nuggets, de 2002 a 2012, e desde então pelo Washington Wizards, o jogador Nenê Hilário é um dos mais indicados para atuar como mestre de cerimônias do Super Desafio Internacional de Basquete, que começa hoje e vai até sábado, no Maracanãzinho, um palco que o pivô conhece bem, quando jogava pelo Vasco em 2001, antes da reforma do local para os Jogos Pan| Americanos do Rio, em 2007, quando sediou o vôlei - o basquete foi na HSBC Arena.
Na noite de hoje, às 20h, no remodelado ginásio, o Brasil estreia no triangular, enfrentando a equipe de Angola. O torneio também conta com a Argentina. As três seleções estão em ritmo de preparação para a Copa do Mundo de Basquete da Espanha, que vai de 30 de agosto a 14 de setembro, e Amanhã, às 14h, jogarão Argentina x Angola, e no sábado, às l0h, haverá o clássico Brasil x Argentina.
- Eu e o Marcelinho (capitão do Flamengo) somos os que mais jogamos no Maracanãzinho. Claro que de lá tenho muitas lembranças, na maioria vitoriosas, quando ganhamos (pelo Vasco) vários títulos sobre o Flamengo - relatou Nenê, que foi bicampeão brasileiro e bi carioca pelo clube de São Januário, em 2001. - O público carioca é diferente, porque sempre liga o basquete ao futebol. É aquela animação, aquele alvoroço. É um clima cheio de rivalidade. Agora, este apoio será para a seleção brasileira.
De acordo com o gigante de 2,11m - mesma altura de Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, e de Tiago Splitter, do San Antonio Spurs, campeão da NBA - nestes primeiros dias de preparação, nos treinos físicos em São Paulo, o grupo trabalhou intensamente:
- Estamos ralando bastante. O Rubén Magnano (treinador) e a comissão técnica estão botando o grupo para correr. O grupo está muito bem, o ambiente é muito sadio, e a galera está concentrada no que a comissão técnica está nos passando.
CONDIÇÃO DE GANHAR MEDALHAS
Indagado se o fato de o Brasil estar indo para o Mundial como convidado, já que não obteve a vaga no Pré-Olímpico das Américas, não deixa a seleção com um moral não tão elevado, Nenê Hilário foi enfático.
- Costumo dizer que não foi um convite. A seleção brasileira tem um histórico em Mundiais (bicampeão em 1959 e 1963) e foi a todos os 16 Mundiais. O esporte é assim. Há altos e baixos, e tivemos uma fase de baixa. Mas isso não muda nada - disse. - Todos sabemos que este grupo tem talento, experiência, e já passou por muita coisa. Precisamos pegar esta experiência e usar a nosso favor. Eu diria que temos, sim, condições de ganhar medalhas, mas não adianta falar nisso agora. Magnano tem dito que acredita em sorte, mas quem tem mais sorte é quem mais trabalha.
Além dos pivôs Nenê Hilário, Anderson Varejão e Tiago Splitter, a atual seleção conta também com o ala-armador Leandrinho (ex-Phoenix Suns), todos os quatro de NBA. Os outros seis convocados por Magnano foram Larry Taylor (Bauru), Marcelinho Huertas (Barcelona), armadores; Alex (Bauru), Marcelinho e Marquinhos (ambos do Flamengo), alas; e Guilherme Giovannoni (Brasília), ala-pivô.
Para o Mundial, o técnico deverá convocar outros dois atletas vindos da seleção B, que terminou em terceiro lugar no Sul-Americano da Venezuela. Deste torneio, a campeã Venezuela, a vice Argentina e o Brasil irão aos Jogos Pan-Americanos-2015, em Toronto. Estes três e mais o Uruguai irão ao Pré-Olímpico-2015.
Fonte: O Globo