Candidato à presidência do Vasco pela chapa Sempre Vasco e CEO da empresa Andrade Gutierrez, Julio Brant concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio Manchete e comentou sobre diversos assuntos. Confira a seguir.
Esperança em manutenção do pleito eleitoral para 11 de novembro por meio de recurso que possa ser provido contra a decisão da 19ª Vara Cível, que devolveu a eleição para o dia 6 de agosto
“O que nós queremos é que seja respeitado o que o estatuto do Vasco da Gama diz. O presidente da Assembleia Geral já deu sua decisão, então o que estamos fazendo é que seja cumprida a decisão do presidente da Assembleia, mais nada, é cumprir o estatuto do Vasco da Gama, nada além disso.”
Propostas de campanha
“Nós montamos um grupo muito qualificado, fizemos um projeto técnico, de profunda análise das contas do Vasco, fizemos uma análise e vimos que o Vasco passa por 3 crises, uma financeira, operacional e de imagem. Fizemos um plano estratégico para cada uma dessas frentes, principalmente a questão financeira do Vasco. É um projeto qualificado, não é de uma pessoa só, não sou nenhum Messias, nem um Super Homem, estou sendo o porta-voz do projeto que foi muito bem desenhado por um grupo bem liderado pelo Edmundo e pelos colegas do IBMEC, que se juntaram e fizeram uma análise profunda e conseguimos construir uma série de soluções e uma série de caminhos estratégicos para poder resolver o problema do Vasco. É óbvio que um choque de gestão é fundamental, posso colaborar com a experiência que tenho de executivo internacional, e não adianta trabalhar o Vasco da Gama como uma empresa maravilhosa e não ganhar títulos, queremos que o Vasco volte a ganhar títulos, volte a ser um clube de vanguarda e que inspira os torcedores, um clube que não pensa pequeno, o Vasco tem que pensar em ser campeão mundial e da Libertadores, e não disputar segunda divisão. Queremos reestruturar, renovar o Vasco da Gama, mas olhando o passado do Vasco da Gama, nos inspirando no passado, que é de vitórias, conquistas, que a colônia portuguesa nos trouxe exemplo de superação e crescimento, de trabalho duro e de atingimento de metas concretas, foi assim com a construção de São Januário, com a inclusão do negro no futebol, com times fortes ao longo da história, queremos resgatar essa história. Fazer essa história de sucesso se tornar real no século XXI só com gestão profunda e correta, o futebol de administrações amadoras, de políticas e de divisões de camaradas e amigos não funciona mais, é só ver a realidade do futebol do Rio de Janeiro, dos 5 clubes mais endividados do Brasil, 4 são do Rio.”
Necessidade de profissionalização no futebol moderno
“Não dá para trabalhar no futebol moderno sem profissionalização, sem pessoas competentes e que lidam diretamente com o assunto, é nisso que acreditamos, esse o trabalho que fizemos e é esse trabalho que queremos propor ao sócio, com o adicional do nosso carinho, nosso amor, nossa paixão, sou sócio desde 1987 e sempre participei do clube como sócio, não como político. Quero retribuir toda essa alegria que o Vasco da Gama me deu ao longo de minha infância e adolescência com correção, lisura, ética, seriedade, trabalho sério, respeito aos sócios, torcedores e jogadores, parceiros e mercado que acredita no Vasco, que é o que falta hoje, temos que recuperar a imagem e a credibilidade do Vasco.”
Como espera encontrar o clube após as gestões de Eurico Miranda e Roberto Dinamite
“Temos no grupo pessoas acostumadas ao dia a dia do Vasco, ao contrário do que muitos dizem, um grupo técnico de profissionais de mercado e pessoas que vivem o dia a dia do clube. Conhecemos a realidade do Vasco, sabemos das dificuldades que vamos encontrar, lógico que uma coisa é você falar de fora e outra de estar no dia a dia, sabemos que muitas coisas que estamos analisando de fora serão piores no dia a dia, mas temos a noção de que não tem outra saída a não ser trazer profissionais qualificados nas suas áreas, no nosso departamento financeiro o profissional será de altíssimo padrão, acostumado a fazer estruturações financeiras de grandes empresas e que vai trazer gente qualificada para a equipe dele, na área jurídica nosso profissional será ilibado e de correção total. Nosso time será muito técnico, mas com a sensibilidade que nossos colegas estão trazendo para o dia a dia do Vasco.”
Revitalização de São Januário
“É sempre complicado você vender uma arena para São Januário.Pequenas intervenções podem e devem ser feitas, e você pode fazer de São Januário um estádio agradável e com pequenas intervenções. Pode-se melhorar o conforto do sócio-torcedor, limpeza do estádio e isso demanda pouco recurso, pode-se melhorar a iluminação, a sala de imprensa, são pequenas intervenções que podem ser feitas em São Januário para torná-lo agradável e com acessibilidade. O deficiente físico tem dificuldade muito grande de entrar e circular em São Januário, o que é impensável no século XXI, temos que pensar nesses sócios e nesses torcedores. Uma arena requer estruturação financeira sofisticada, requer uma parceria privada pesada e num cenário que nesse momento não é o mais indicado para o Vasco. São Januário dá para ser melhorado, dá para ser um estádio com qualidade, com conforto, limpeza, com dignidade para os sócios e torcedores, e arena tem que ser pensada, é um projeto que estamos pensando, mas não a curto prazo. Dizer que estruturar R$ 500 mi ou R$ 600 mi para um arena e na situação financeira que o Vasco está é falácia, vender sonho, e não estamos aqui para vender sonhos, mas para vender realidade. Estamos aqui para um trabalho sério, que vai ter dificuldade, vai demandar muita dedicação e muita criatividade por parte dos profissionais envolvidos. É um projeto que vai recuperar o Vasco, mas dizer que em 3 anos vou fazer uma arena? Não é viável.”
Fonte: Supervasco
