O edital de convocação das eleições foi publicado na tarde da última terça-feira pelo presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, conforme determinação judicial, que previa até multa por hora caso o clube não cumprisse a decisão da juíza Ana Lucia Vieira do Carmo, da 19ª Vara Cível. Mas uma nova ação do departamento jurídico do Vasco ainda pode render novos capítulos sobre a data do pleito vascaíno. Os advogados do clube entraram com agravo - novo recurso - na quarta-feira e esperam nova mudança na data da eleição. A ação pretende levar o pleito de volta para novembro, como já havia marcado o presidente da Assembleia. A decisão é esperada até o fim desta quinta-feira. Atualmente, a data fixada é 6 de agosto.
A questão envolve teses diferentes dos dois lados interessados no pleito. O advogado do Vasco, Marcello Macedo, lembra que Olavo determinou nova data graças ao pedido de impugnação do candidato Nelson Rocha, julgado no dia 17 de julho. No entendimento dos advogados do clube, a Assembleia Geral só pode ser realizada dois meses depois da nova lista de elegíveis publicada e Olavo optou por retornar às datas originais do estatuto, o que causou revolta em outras duas chapas.
Os grupos de Eurico Miranda, da chapa “Volta Vasco! Volta Eurico!”, autor da ação que devolveu a data das eleições para 6 de agosto, e Roberto Monteiro, do “Identidade Vasco”, rebatem e dizem que a ata definitiva válida para o processo de impugnação é aquela publicada no dia 26 de maio, quando a reunião da Junta Deliberativa - composta por Olavo, Eurico Miranda, Helio Donin, Abílio Borges e Roberto Dinamite - determinou as eleições para 6 de agosto.
Do outro lado, Olavo, que já tinha convocado reunião de organização da eleição com as chapas para essa terça-feira, recebeu aval jurídico dos advogados do clube para levar o pleito a partir da última impugnação feita, aquela no dia 17 de julho. Outro problema seria a extensão de mandatos, que precisaria passar pelo Conselho Deliberativo. Caso o jurídico do clube consiga sucesso no novo pedido, o imbróglio continua, pois as outras chapas devem recorrer novamente.
O vice-presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godoy, do grupo de Eurico Miranda, considera difícil qualquer mudança da data do pleito vascaíno. Ele relatou, em entrevista para a Rádio Tupi, que Olavo e advogados do clube tentaram uma nova decisão na própria quarta.
- (Olavo e advogados) estavam no gabinete do desembargador Paulo Cesar Maurício, que está absolutamente impedido e suspeito de qualquer decisão no Vasco por ele ser um conselheiro do Roberto Dinamite e por ter votado e assinado a lista de exclusão de Eurico Miranda, portanto, ele está impedido. Ele, como relator, deverá se declarar impedido e será nomeado outro relator e irá ao plenário do tribunal para dizer qual a câmara que será competente para julgar os agravos interpostos, ou a 1ª ou a 11ª, essa é a verdade dos fatos. Está mantida a eleição - afirmou o vice-presidente do Conselho de Beneméritos.
Fonte: GloboEsporte.com