Atual caldeirão da política, São Januário respira nesta noite eleições e ansiedade de uma torcida que parece em litígio com um treinador, que resiste e revê conceitos para amenizar a oposição dos vascaínos em novo momento conturbado da temporada. Adilson Batista testa uma nova formação e atende de certa forma aos pedidos insistentes de torcedores que gostariam de ver menos volantes e mais um meia. Estarão em campo desde o início, Douglas e Dakson - pela segunda vez com o treinador. E como uma das primeiras opções para entrar, Lucas Crispim. Embora o treinador não veja uma equipe lenta, o garoto que veio do Santos - e até Guilherme Biteco, que deve voltar ao banco - passa a ser uma alternativa de mudança de jogo do técnico.
Adilson não concorda com algumas críticas e sempre pontua suas opiniões pedindo reflexões - da própria imprensa e do torcedor. "Se você analisar" ou "você precisa entender" são algumas das frases comuns do treinador em entrevistas. Questionado sobre uma equipe que não prima pela rapidez - porque ele jogava com dois volantes mais experientes (Guiñazu e Fabrício), outro mais de contenção (Aranda) e um meia de habilidade, porém de pouca mobilidade (Douglas) -, o técnico apresentou seu ponto de vista e expôs argumentos.
- O Diego Renan chega com velocidade no momento do passe certo. O Carlos Cesar também chega muito rápido na frente. O Fabrício tem boa arrancada e boa penetração. Outro é o Thalles, que tem força e velocidade - enumerou o treinador, comentando outras características da equipe - Temos o Douglas, que é o cara que faz a bola andar. Temos, sim, jogadores de velocidade. Na pausa da Copa, e é o que vocês precisam entender, fizemos dois bons jogos-treinos, no qual vencemos com esses três (volantes) no meio. Mas eu perdi o Pedro Ken, então muda um pouco a característica. Se você analisar, é até natural, tem que ter um pouco de calma para encaixar.
O técnico também lembra que a sequência de empates atrapalha na confiança do time. O Vasco empatou sete vezes na Série B, conquistando apenas quatro vitórias. No ano todo são 17 empates - um a mais do que o número de vitórias. Depois de experimentar diferentes esquemas, o treinador tenta nova alternativa para vencer, convencer e diminuir a pressão do torcedor.
- Estamos mudando de novo para ver se melhora - disse Adilson.
Fonte: GloboEsporte.com