As três derrotas no ano permitem uma avaliação: o Vasco de 2014 é um time duro na queda. O time perdeu para Flamengo e Cabofriense, ambas no Carioca, e para a Luverdense, na Série B. Mas uma análise no desempenho do time no restante do ano mostra que faltam vitórias para uma almejada arrancada na Segunda Divisão. Até agora foram apenas quatro resultados positivos em 12 jogos. Na temporada, são 16 ao todo. O empate de 0 a 0 contra a Ponte Preta, na segunda partida consecutiva com o time de Campinas, levou a equipe a ter mais empates que vitórias na temporada. São 17 ao todo em 2014 - sete deles na Série B, onde o time de Adilson Batista sofre e, depois de um terço da competição disputada, ainda está em 10º lugar, com 19 pontos.
Curioso é que no início do ano, a boa campanha no Carioca não indicava que a equipe teria problemas na Segundona. O time terminou o estadual com melhor ataque, melhor defesa e artilheiro da competição - o atacante Edmilson. Perdeu o título no fim do polêmico jogo com o Flamengo, em gol irregular. Na Série B, porém, a equipe patina. Depois de superar o trauma da derrota na final, alguns problemas atrapalharam a trajetória. Lesões que obrigaram o treinador a lançar garotos e uma punição de campo que levou a diretoria a mandar jogos sem torcida ou fora do Rio são as principais razões no discurso de técnico e jogadores.
Enquanto Adilson saiu de campo abatido e demonstrando preocupação com mais um empate no ano, os jogadores tentaram valorizar o ponto conquistado fora de casa.
- O importante é que a gente pontuou. Não perdemos há um bom tempo. Seja empate ou vitória, a gente sempre pontua. Quando deslanchar, a gente chega lá em cima - disse, bem otimista, o meio de campo Douglas.
Fora de campo, os torcedores não demonstram o mesmo espírito do camisa 10. A torcida, através das redes sociais, pede a demissão do técnico Adilson Batista, que vem sendo muito criticado pelos vascaínos. A diretoria, por enquanto, não pensa em troca de comando. Antes da paralisação da Copa, na sequência de quatro empates, o treinador sinalizou que poderia deixar o clube. Porém, a poeira baixou, e Adilson permanece à frente do Vasco.
A pressão em São Januário, seja pelo lado político ou pelos protestos de torcedores, deve fazer dos próximos dois jogos em casa um verdadeiro caldeirão. O time enfrenta a Ponte Preta pela terceira vez consecutiva nesta quarta - partida válida pelo jogo de volta da Copa do Brasil. No fim de semana, é a vez do Paraná pela Série B.
Fonte: GloboEsporte.com
