No segundo jogo consecutivo contra a Ponte Preta, o Vasco mostrou o quanto depende dos lampejos e de um dia inspirado do seu camisa 10. Com Douglas muito apagado e errando passes, o time sentiu muita dificuldade em criar jogadas e pouco ameaçou o gol do time campineiro. O técnico Adilson Batista preferiu minimizar a dependência do jogador, embora tenha reconhecido a partida ruim do Vasco neste sábado, no empate por 0 a 0 no estádio Moisés Lucarelli. Foi o sétimo empate do time na Série B em 12 jogos. Com uma partida a menos na competição, o Vasco ocupa a 10ª colocação na tabela.
Contra a Ponte, neste sábado, o time criou poucas chances. Bem marcado e pouco inspirado, Douglas sentia dificuldades em conseguir fazer a bola chegar em Kleber e Thalles. Entre os laterais, Diego Renan tentou avançar mais, mas também não repetiu as ultrapassagens dos últimos jogos. Na partida de ida da Copa do Brasil, ele fez um gol dessa maneira depois de grande passe de Douglas.
O jogador que mais ameaçou o gol de Roberto na partida foi o volante Fabrício. Foram três chutes a gol. Dois no primeiro tempo – a primeira quando avançou pela direita e chutou alto quase surpreendendo o goleiro da Ponte, na outra tentativa, a bola bateu no travessão -, mais um chute sem perigo na segunda etapa. Fora esses lances, a melhor das raras chances veio em bola parada. No cruzamento de Douglas, o xará Douglas Silva obrigou grande defesa de Roberto.
Adilson não quis atribuir toda a responsabilidade da criação de jogadas do time ao camisa 10. Lembrou que é normal Douglas ser mais marcado e vigiado em todas as partidas, até por ser o jogador mais criativo e único meia do time em campo.
- Claro que ele é o camisa 10, mas o Douglas não é o único responsável pela criação. Os outros também têm liberdade, como os laterais, o Fabrício. A responsabilidade não é só do Douglas. Até em função do adversário que jogou na quarta-feira e foi diferente hoje (sábado), acaba dificultando o lado de todo o time para criar as jogadas - disse Adilson.
O treinador disse, em entrevista no meio da semana, que não pretende mudar o esquema do time. Ele lembrou que testou Dakson e Douglas numa partida e ficou insatisfeito com a produtividade do time. No banco contra a Ponte, o técnico tinha as opções de Lucas Crispim e Montoya para o meio de campo, mas preferiu colocar dois atacantes. Edmilson, que entrou no lugar do Thalles, e Rafael Silva, na vaga de Douglas, entraram na equipe. A outra alteração foi a troca de laterais – André Rocha por Carlos Cesar.
Fonte: GloboEsporte.com