Participante dos encontros do Bom Senso F.C., o diretor executivo do Vasco Rodrigo Caetano diz que uma mudança estrutural no futebol brasileiro passa essencialmente pela CBF. Para ele, a entidade arrecada muito dinheiro, mas repassa pouco aos clubes, deixando os menores em situação muito difícil.
“A CBF arrecada muito dinheiro, as competições são subsidiadas e os clubes pagam muitas taxas. A bilheteria antes era algo importante para a receita dos clubes, hoje se algum for depender disso vai falir. A Série C começou a ser subsidiada agora e a Série D, os outros clubes pequenos? Será que não existe um programa de apoio para esses clubes de menor expressão? Como um clube sem receita vai jogar?”, questionou ele em entrevista ao programa Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes.
Para ele, os clubes escolhem disputar os estaduais porque é o que cabe em seu orçamento, mas depois são obrigados a fecharem as portas e isso não poderia ser assim, porque um calendário maior daria emprego nãop apenas para jogadores, mas a diversos outros trabalhadores. Rodrigo diz que isso também afeta diretamente a formação de jovens atletas.
“A gente vai falar em formação de novos jogadores como? Não conseguimos nem formar eles em sua plenitude, porque por necessidade dos clubes, quando o jogador atinge 18 anos ele já precisa ser vendido par fazer caixa, ele vai terminar sua formação lá fora”, completou.
O diretor do Vasco aproveitou para elogiar a postura do governo federal em ouvir as partes preocupadas em fazer um futebol melhor e seu interesse em colaborar, mas que essa função não é apenas do governo e que passa pelos clubes, principalmente na parte que diz respeito em honrar compromissos. “Não pode mais prometer o que sabe que não vai poder cumprir”, completa.
Fonte: Band.com.br
