O esquema com três volantes, um dos preferidos de Adilson Batista no comando do Vasco e motivo de discussões acaloradas entre torcedores cruzmaltinos, divide opiniões que vão das mesas de bar ao próprio elenco.
O primeiro a se manifestar publicamente sobre este assunto foi Douglas. Sem medo de ser taxado de preguiçoso, o camisa 10 cruzmaltino revelou ainda em abril que, por ele, "o Adilson poderia colocar logo dez volantes", justificando que, desta maneira, não precisaria correr e nem marcar muito.
O recém-contratado Kléber, porém, foi na contramão do meia e, na vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 0, na última quarta-feira, se mostrou incomodado com o fato do time estar jogando com três jogadores de contenção.
Ainda no intervalo da partida, quando o duelo estava em 0 a 0, ele deixou o campo destacando:
"É difícil porque há três volantes do lado de lá (Ponte Preta) e três volantes do lado de cá. Está muito congestionado o meio", declarou.
Aos críticos que enxergam uma postura defensiva nesta formação, Adilson Batista contesta, e explica que na distribuição em campo, os jogadores considerados "volantes" acabam exercendo outras funções mais ofensivas.
"Não vejo por esse lado de três volantes, até porque tem que ver que o Fabrício chega toda hora na frente. O Guiñazu controla mais, e perdemos um jogador que atua mais adiantado também, que é o Pedro Ken (lesão no joelho direito). Já treinei vários esquemas, várias formações no meio de campo, mas preciso da resposta deles. São eles, nos treinamentos, que me dão as respostas", disse.
Dos 35 jogos que o Vasco realizou na temporada até aqui, em 22 Adilson Batista colocou em campo um esquema onde constavam três jogadores considerados, originalmente, volantes.
No próximo compromisso, contra a Ponte Preta, neste sábado, em Campinas (SP), pela Série B, a tendência é a de que o treinador mantenha a formação.
Fonte: UOL
