Os dias de arquibancadas cheias e jogos memoráveis dentro de campo já ficou para trás em pelo menos 3 dos 12 estádios que receberam partidas na Copa do Mundo.
Com a retomada dos jogos da série B do Campeonato Brasileiro nesta terça-feira, as arenas de Recife, Natal e Cuiabá viram seu público minguar em mais de 80%.
A Arena Pernambuco, em Recife, que durante os 5 jogos que recebeu durante a Copa, teve média de 40.976 torcedores, ontem teve apenas 6.464 pessoas em suas cadeiras. Isto significa que no jogo entre Náutico e Sampaio Corrêa, pela série B, apenas 14% da capacidade total do estádio foi ocupada.
Em Natal, o choque foi ainda maior. Acostumada a receber 39,5 mil torcedores nas 4 partidas do mundial, ontem, a Arena das Dunas teve apenas 4.974 presentes no jogo entre América-RN e Bragantino - uma queda de público de 87%.
Já a partida entre Vasco e Santa Cruz na Arena Pantanal, em Cuiabá, atraiu apenas 7.190 torcedores - 18% da média da Copa, que foi de 39,6 mil pessoas nas 4 partidas que o estádio recebeu.
Com a volta da realidade do campeonato nacional, a questão do financiamento destes estádios - e o medo de que se tornem elefantes brancos - volta à cena. O problema também aparece na Arena Amazônia, em Manaus, no Mané Garrincha, em Brasília, e, em menor grau, no Castelão, em Fortaleza.
Já estádios como Beira-Rio, Arena da Baixada, Mineirão, Maracanã, Fonte Nova, e Arena Corinthians devem escapar dos vazios nos jogos por serem palcos para jogos de grandes times da série A.
Mesmo assim, dificilmente terão média de público tão alta quanto no mundial. Enquanto na Copa a média de público por partida foi de 53,5 mil pessoas, no Brasileirão de 2013, a média foi de 14,9 torcedores por jogo.
Para superar a falta de público, maior parte dos estádios deve funcionar como arena multiuso para receberem - além das partidas de futebol - grandes shows e eventos corporativos.
Fonte: Exame.com