A apenas alguns quilômetros de distância do Maracanã, onde será disputada a final da Copa do Mundo, neste domingo, um torcedor, que poderia até estar em campo, terá o coração apertado e tão nervoso quanto confiante no título da Argentina. Guiñazú, volante do Vasco, participou da campanha nas eliminatórias e reforça a aposta de que seus antigos companheiros serão capazes de dar alegria a seu povo após 28 anos de espera, desde o bicampeonato.
- A equipe está preparada, mereceu chegar. Nosso povo está feliz, o grupo também, conheço eles. Que os jogadores e o treinador estejam iluminados para uma grande final e que tudo dê certo porque todos nós argentinos estamos torcendo muito. Tem muito nervosismo, mas também com a calma interior de que todos darão o máximo para ficar com o título. Fico mais tranquilo porque sei que temos guerreiros para nos representar - enalteceu.
Com seu jeito extrovertido, o jogador não deixou de brincar com os colegas pela eliminação do Brasil, canta frequentemente o hit hermano (veja o vídeo) que ficou famoso, mas evita tripudiar pelo respeito que tem pelo país que o acolheu e pela forma traumática como ocorreu derrota.
- Levar uma paulada assim... tem que respeitar. Sei como é, já vivi derrotas. Tem momentos que não dá para brincar tanto. Mas que mostro minha felicidade para eles, eu mostro - diverte-se.
Há 20 dias, quando a competição estava na primeira fase, Guiñazú falava em atitude para superar os adversários e acabar com o jejum. Ele admitiu um "gosto amargo" por não fazer parte da lista de convocados, mas reconheceu que as lesões o atrapalharam e preferiu o tom de agradecimento a Alejandro Sabella pelas lembranças em 2011 e 2012.
O jogador também prega respeito à força da Alemanha, mas põe fé na garra hermana.
- A Argentina vai enfrentar outra potência na atualidade. A Alemanha é muito forte, mas a Argentina é um grande time, com grandes jogadores, sabe jogar em equipe e tem muita força interior. Estou acreditando porque estão com uma fome diferente. Chegar à final renova tudo: ar, força, sangue, tudo. Estou acreditando 100% - reforçou.
De volta ao Rio de Janeiro após dez dias de preparação para o restante da temporada em Atibaia, no interior de São Paulo, El Cholo, sem ingresso, garante que prefere ficar em casa com a família para assistir melhor à partida do que se antecipar às festas nas ruas. Em caso de vitória, entretanto, deve ser mais um entre os milhares de argentinos que vão tomar conta da capital carioca. E pensa até em encontrar a delegação se for possível.
- Devo encontrar algo para fazer, porque ser campeão do mundo não é todo dia.
O Vasco volta a São Januário neste domingo, mas esta noite é a sua Argentina que pisará no gramado do estádio para os últimos ajustes para a decisão. Motivo de orgulho para o volante.
- É uma alegria enorme, o povo vascaíno tem que se sentir orgulhos e eu não falo por ser argentino. É uma seleção forte, de história, com belo passado de jogadores importantes que ficaram marcados no Mundial. Então, recebemos isso na véspera da final é para curtir. O torcedor vai saber dar valor - diz Guiñazu.
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Fonte: GloboEsporte.com
