Diante da desastrosa derrota do Brasil na última terça-feira, Juninho Pernambucano foi categórico em seus comentários. “Pior que errar é não assumir que errou”, disse no ar, fazendo coro com os muitos que criticaram a seleção brasileira e a seu técnico, Felipão. Comentarista da Globo na Copa do Mundo, o ex-jogador acha que a coragem para dar opiniões é uma das principais obrigações de quem atua nesse campo.
— Tem que saber se posicionar, ter a leitura de jogo. Na hora do pênalti, foi o jogador que bateu mal ou o goleiro que defendeu bem? Eu tento passar a melhor informação possível. Por ter estado lá, muitas vezes sei o que se passa na cabeça do jogador. E também sei que posso errar, o comentarista não é o dono do jogo — ensina ele, que vem sendo elogiado nas redes sociais.
Por mais que seja um posto comum a ex-atletas do futebol, Juninho acha que comentar jogos não é para qualquer um. Segundo ele, a desenvoltura na cabine de transmissão está diretamente ligada à posição ocupada pelo jogador em campo.
— Geralmente se dá bem o jogador que gosta de se expressar. Eu sempre fui capitão dos meus times, sou um líder nato. O Ricardo Rocha, que comenta no SporTV, é um bom exemplo também. Ele foi capitão da seleção brasileira.
O domingo, Juninho passará comentando a decisão: a participação do ex-jogador começa no “Esporte espetacular”, às 9h30, e se estende pelo “Central da Copa” até o pós-jogo. Após o Mundial, entretanto, Juninho ainda não sabe se vai continuar na equipe da Globo. As conversas vão acontecer nas próximas semanas. E, apesar do cansaço, ele se mostra empolgado.
— Agora acho que vai bater uma ressaca (risos). Gostei demais do que fiz, foi uma experiência maravilhosa. E me senti confortável, pois estávamos num clima de equipe. Claro que houve as derrotas também, quando deixei meu microfone ligado ou a vez em que desliguei o do Luis Roberto (narrador). Mas a gente aprende.
Fonte: O Globo Online
