Gigante pela própria natureza, o Brasil, forte e impávido colosso, como diz o hino, enfrenta, nesta terça, a Alemanha, recordista em semifinais e decisões de Copas do Mundo. Às 17h, quando a bola rolar, o duelo de titãs vai fazer o Mineirão tremer. Os números traduzem a dimensão das duas seleções. Mas a brasileira, quando chega, pisa mais pesado. Sem Neymar, o país do futebol tentará fazer o futuro espelhar tal grandeza novamente e se classificar para a decisão de domingo, no Maracanã.
“Temos que respeitar a Alemanha, pelo que fez, faz e pela forma como joga. Mas não podemos respeitar sem nos impormos. Nossa maneira de jogar é definida antes do jogo, embora o adversário vá se portar assim ou assado, e nós vamos fazer nosso jogo”, disse o técnico Luiz Felipe Scolari.
Nas três vezes em que Brasil e Alemanha disputaram as semifinais na mesma edição, os anfitriões de 2014 foram campeões (1958, 1970 e 2002). E quando a Seleção chega a essa fase da Copa, é difícil segurá-la. Nas sete oportunidades anteriores, os brasileiros venceram seis, uma nos pênaltis — só caíram em 1938. E foram campeões em cinco.
Já a Alemanha, embora monstruosa historicamente, tropeça com mais frequência. Nas 11 chances que teve, passou em seis e conquistou dois títulos (1954 e 1990) — em 1974, não teve semifinal.
VOLANTE NO LUGAR DE NEYMAR
Os dois times disputaram sete finais de Copa — contando 1950 para o Brasil, embora, nessa edição, na qual não houve semifinal, o campeão tenha saído de um quadrangular. A única vez em que se enfrentaram em Copas do Mundo, na decisão de 2002, a Seleção venceu por 2 a 0, dois gols de Ronaldo Fenômeno.
Se naquela ocasião o Brasil se apoiou no brilho de seu principal astro para se mostrar maior que o rival, desta vez terá que dividir a responsabilidade. Sem Neymar, o time comandado por Felipão, que sempre se valeu do talento individual do camisa 10, apostará na força do grupo, maior virtude alemã.
O problema é que, não importa como o treinador arme a Seleção, faltará entrosamento. Todas as opções que ele pode escolher foram testadas somente na segunda pela manhã, na Granja Comary.
Se a primeira alternativa experimentada por Felipão for confirmada, Luiz Gustavo retorna ao time na vaga de Neymar. Assim, a Seleção jogaria com três volantes — Paulinho e Fernandinho completariam a proteção à zaga —, Oscar na armação, além de Hulk e Fred na frente.
Depois, o treinador observou Willian no lugar de Paulinho. Pouco mais tarde, trocou Oscar por Bernard. O zagueiro Dante será o substituto do capitão Thiago Silva, suspenso. Já na lateral direita, Maicon deve sair para Daniel Alves voltar a ser titular.
Fonte: O Dia