Vascaíno de Ribeirão Preto (SP) possui vasto acervo sobre seu time de coração

Segunda-feira, 07/07/2014 - 12:18
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Na infância muitos sonham em ser jogador de futebol. Com o médico Tarcisio Rezende não foi diferente. Assim como a maioria, o desejo virou frustração, mas o amor pelo esporte continuou vivo. Com 46 anos, Rezende canalizou sua paixão em um passatempo: colecionar artigos que recontam a história da modalidade.

Incentivado pelo pai, o pneumologista começou há 40 anos uma coleção que hoje passa dos dez mil itens. Entre flâmulas, quadros, bandeiras, miniaturas de jogadores, autógrafos, fotos, DVDs, livros, entre outros artigos, Rezende tem cerca de 600 camisetas de times do mundo todo expostas em um salão comercial em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

- Já perdi as contas do que tenho aqui. Consegui muita coisa em minhas viagens, nas Copas em que estive - afirma o médico.

A realização dos mundiais da Fifa, aliás, sempre foi um momento de fazer as malas para Rezende. Desde 1986, ano em que foi ao seu primeiro mundial no México, ele só não esteve nos Estados Unidos, em 1994, e na África do Sul, em 2010.

- Essa Copa no Brasil é a minha sexta. Estive nos mundiais do México, Itália, França, Coreia e Japão, Alemanha e agora no Brasil. Não pude ir à Copa de 1994 pois tinha me formado em medicina e servi ao Exército. Em 2010 meus gêmeos tinham poucos meses de vida e não pude estar presente - explica.

Em suas viagens às sedes da competição realizada a cada quatro anos, a camiseta do Brasil sempre chamou atenção e teve alto valor de troca no exterior, o que o ajudou em suas buscas por novos artigos.

- Já consegui muita coisa trocando camiseta do Brasil. Certa vez, estava com uma que tinha o rosto do Ronaldinho Gaúcho. Não era das melhores, parecia aquelas compradas em camelô, mas consegui trocar por uma original de outra seleção. Todos adoram o Brasil.

Parte do acervo que o médico possui está exposta ao público de Ribeirão Preto e pode ser visitada por meio de agendamento com a Prefeitura. Em quatro sessões, ele exibe sua paixão pelo Vasco da Gama - seu clube de coração -, a coleção de camisetas, artigos sobre a seleção brasileira - dentre eles uma camisa branca que o time usava em 1950 - e, em uma área maior, exibe itens para homenagear a seleção francesa, que está hospedada na cidade paulista.

- Essa é uma oportunidade de prestar uma homenagem a essa tradicional seleção. Já fui a muitas Copas e vi grandes jogadores como Platini e Zidane, o último aliás, um dos maiores que vi jogar - diz.

Apesar da homenagem, o médico teria todos os motivos para não gostar dos Bleus. Das cinco Copas que foi, em três a seleção brasileira foi eliminada pelos Azuis - 1986, 1998 e 2006. Por isso, Rezende prefere não ver um novo encontro em 2014.

- Prefiro não ter a chance de sentir o gosto da vingança. Eles são muito técnicos e frios, além de não ter tanta responsabilidade. Pelo que Benzema vem jogando, estou com medo de um possível encontro - analisa.



Fonte: GloboEsporte.com