Na noite desta segunda-feira(30/06), o programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM, deu prosseguimento à série de entrevistas com candidatos à presidência do Vasco, cuja eleição está marcada para o próximo dia 6 de agosto. O entrevistado foi o candidato Nelson Rocha, do grupo Vira Vasco, que já foi vice-presidente da área de finanças e vice-geral do clube. Nelson teceu opinião sobre a revitalização do entorno de São Januário e teve a oortunidade de apresentar algumas propostas, confira a seguir:
Investimento nas categorias de base:
“Temos uma preocupação muito grande com a base do clube e uma das primeiras medidas será que o time profissional deverá ter no mínimo um terço de jogadores formados na base e na nossa gestão não haverá possibilidade do elenco profissional não ter no mínimo um terço. O que queremos com isso? Queremos atrair mais talentos para a base, pois haverá mais possibilidade de chegar ao profissional, e, do ponto de vista financeiro, qualquer jogador de time grande do Brasil, se chega aos juniores, a venda é interessante e poderá gerar recursos para o clube. A remuneração também é importante, e eu discuti lá atrás que a remuneração preponderante será variável pela performance e produtividade, nós queremos que um terço da renda seja fixo(salário), e os outros dois terços do montante destinado ao pagamento de jogadores e comissão técnica a partir disso.”
Modelo de gestão:
“Não existirá apenas o cargo de direção executiva, a proposta que encaminhamos é que tenhamos, das 4 vice-presidências, consolidadas 5 vice-presidências, e cada uma das vice-presidências dirigidas por um comitê composto por 5 pessoas e no futebol não será diferente. O futebol será composto pelo vice de futebol, diretor executivo, vice-presidente financeiro, vice-presidente de marketing e uma novidade que estamos criando, o diretor executivo da base. A base é importante para formar novos talentos e o Vasco terá a possibilidade de envolver mais jovens ara que a gente possa gerar mais recursos. Não só no futebol, mas em todas as vice-presidências teremos vascaínos de verdade para ajudar o clube e não iremos entregar o clube para terceiros, não há essa possibilidade e a decisão política e estratégica do clube será sempre entre os que foram eleitos.”
Opinião sobre revitalização do entorno de São Januário:
“A proposta que seria apresentada hoje não resolve o problema do entorno do clube. Há uma proposta efetiva de modernização do entorno que estava prevista junto do projeto da arena, meu receio é que se gaste R$ 40 milhões e depois, como aconteceu no Maracanã, se tenha que gastar de novo para fazer toda a reforma. Eu era o coordenador do projeto, e numa arena você não derruba tudo, você preserva a fachada e algumas coisas importantes para manter o clima de caldeirão, tudo foi discutido com a empresa que estava desenvolvendo e com o arquiteto português. Não acredito que modernização resolva o problema do entorno , pois o estádio é quase centenário , eu gostaria de preservar e fazer alguns ajustes necessários. Do ponto de vista pragmático e de modernização, não dá. Não dá porque as estruturas não permitem mais , você tem que alterar efetivamente o estádio para ter um estádio moderno.Acho que administração devia consultar não só os associados, mas também a torcida, você é eleito pelos sócios, mas tem compromisso com 19 milhões de torcedores, deveria haver um plebiscito para isso. “
Perfil de novo presidente:
“Quer for presidente, acredito que será eu, vai ter um desafio muito grande pela frente. Minha vida sempre foi movida por desafios e sempre fui chamado para momentos de dificuldade financeira. A próxima gestão deve contar com alguém com extrema competência e conhecimento, o Vasco vai ter muito problema, e esse alguém deve ter credibilidade, sem isso não terá canais abertos. Estamos falando com algumas pessoas, inclusive fora do país, com possibilidade de atrair investimentos, mas o processo não é de curto prazo, a questão financeira do clube passa por duas questões, utilizar receita por meio de sócios, e responsabilidade financeira no clube. A próxima gestão enfrentará um problema difícil, mas terá que ser enfrentado,isso se quisermos deixar melhor o clube para nossos filhos e nossos netos.”
Programa de captação de sócios e relação com organizadas:
“Há uma série de projetos para a área de sócios que envolve a questão das embaixadas nos Estados , e que o clube possa também jogar em Manaus e outras praças. Para o público local, nós teremos uma novidade, o sócio-torcedor organizado, queremos chamar os sócios das próprias torcidas organizadas para serem sócios do Vasco também, que eles possam ir aos estádios, mas com identificação biométrica, não pode pegar ingresso e vender para outro. Vamos acabar com ingressos para torcidas, isso não mais existirá e em contrapartida vamos facilitar o acesso direto ao estádio, mas para isso tem que ser sócio-torcedor do clube. Na área VIP, pretendemos fazer uma venda corporativa, seria o caso de empresas interessadas que queiram comprar pacotes fechados de, sei lá, 2000 ingressos por temporada, fazem relacionamento com o sócio e garantem receita para o clube. São alternativas de receita que a gente tem.”
Fonte: Supervasco