Martín Silva foi o único jogador do Uruguai a atender fãs no último dia dos uruguaios no Brasil

Domingo, 29/06/2014 - 19:04
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A batalha ainda não acabou para o Uruguai. Embora tenha sido eliminada nas oitavas da Copa para a Colômbia no sábado, a Celeste segue com o Mundial na pauta. A luta agora é pela diminuição da pena imposta pela Fifa a Luis Suárez, que pegou gancho de nove jogos pela seleção e mais quatro meses alijado do futebol. Até porque há a Copa América na metade de 2015.

O torneio é tratado com solenidade pelos uruguaios, uma vez que irão defender o título conquistado em 2011, na Argentina. Dificilmente haverá jogos oficiais do Uruguai até lá. Ou seja, será necessário tirar oito partidas da suspensão. Tarefa difícil, mas o dirigente Ernesto Dehl alimenta muita esperança na apelação que será formalizada nos próximos dias. Chega a citar as Organizações das Nações Unidas para defender o direito do atleta de trabalhar.

- Há muita esperança, temos totais esperanças. Foi duro o que passou. Uma sanção desmedida. Cortaram a chance de ele trabalhar, tiraram da concentração... Está na carta das Organizações das Nações Unidas, isso não pode, vai contra tudo - avaliou o uruguaio.

Estava estampado no rosto do dirigente o abatimento com a desclassificação, misturado com o sentimento remoído da pena ao maior jogador da equipe de Óscar Tabárez. Durante a manhã de sexta, apenas o goleiro reserva Martin Silva, do Vasco, apareceu do lado externo do hotel, em frente à praia na Barra da Tijuca. Atendeu alguns fãs e retornou, discreto.

Embora a tristeza, também reina a certeza de que o Uruguai não fez feio na Copa. O fato de ter vencido dois campeões do mundo, Inglaterra e Itália, o que não ocorria desde 1970, é exaltado por todos. Eles ainda valorizam a qualidade técnica da Colômbia.

O Uruguai parte do Rio de Janeiro para Montevidéu em voo fretado às 16h. Nem todos os jogadores irão com a delegação. Alvaro Pereira, Lodeiro e Muslera, por exemplo, seguem no Brasil.

Sobre a punição

Luis Suárez surpreendeu o mundo do futebol ao voltar aos gramados menos de um mês após operar o joelho. Em um período menor ainda, ele jogou por terra a chance pela qual lutou de forma tão árdua. A mordida em Chiellini acarretou a maior suspensão da história da Copa do Mundo. O "recorde" anterior era do italiano Mauro Tassotti, suspenso por oito partidas por ter quebrado o nariz de Luis Enrique, da Espanha, em 1994.

O atacante terá de cumprir os nove jogos de suspensão em jogos da seleção uruguaia, o que deve tirá-lo até de jogos da Copa América de 2015. De acordo com a chefe de comunicação da Fifa, Delia Fischer, após os quatro meses Suárez poderá disputar amistosos com a seleção e atuar normalmente pelo Liverpool, seu clube na Inglaterra, que vai se pronunciar oficialmente após receber o relatório oficial da Fifa. As transferências, entretanto, não são afetadas por esse banimento por quatro meses.

Fonte: GloboEsporte.com