O primeiro passo para a origem de uma possível aliança entre cinco grupos políticos do Vasco foi dado no início da tarde desta terça-feira, a 43 dias das eleições. A possibilidade de união de forças contra a volta de Eurico Miranda começou a ser desenhada em reunião no Centro do Rio de Janeiro, sob o comando de Tadeu Correia da Silva, que enviou e-mail para nove pessoas no sábado, propondo a troca de ideias para chegar a um consenso entre as chapas.
Apenas o movimento encabeçado por Nelson Rocha, do Vira Vasco, não compareceu pela falta de tempo para se organizar. Além de Tadeu, que inscreveu a Vasco Passado a Limpo, Roberto Monteiro, candidato da Identidade Vascaína, e Eduardo Machado, do Pró-Vasco, são os outros líderes atuais que discutiram as ideias durante quase duas horas. Leonardo Gonçalves, da Cruzada Vascaína, está em Brasília e enviou um representante. Os grupos também lançados Chapa Azul, de Otávio Gomes, e Vanguarda Vascaína, de Márcio Santos, não foram convidados.
A convocação também incluiu ex-dirigentes e nomes de peso nos bastidores do clube, como Agostinho Taveira, José Henrique Coelho, Ricardo de León e Fernandão. Quase todos eles já estiveram juntos no passado com o Movimento Unido Vascaíno (MUV), que foi desfeito.
Os maiores obstáculos para a inédita aliança são o fato de que as definições de cada grupo já estão em fase final e dificilmente haverá uma unidade de pensamento em relação à oposição ao ex-mandatário. Ninguém se declarou contra o projeto, porém, rivalidades e descrenças ainda ecoam a cada opinião. Candidatos pré-estabelecidos, como Roberto Monteiro, não querem abrir mão do cargo e alegam que mudar o comando da chapa agora é trair o apoio conquistado até aqui.
A frente única, portanto, parece improvável, o que não impede que pelo menos duas correntes se unam até meados de julho. Vale ressaltar que o estatuto do Vasco permite tal cenário.
Fonte: GloboEsporte.com