Guiñazu, sobre ausência na Copa: 'Tenho me machucado nos últimos tempos, e é claro que fica um gosto amargo por não estar lá'

Sábado, 21/06/2014 - 10:22
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Quando o técnico Alejandro Sabella deixou de convocar Guiñazu para as eliminatórias, abriu mão de um cão de guarda na marcação que se doa por sua seleção, mas, em troca, ganhou um dos maiores torcedores para esta Copa do Mundo. De Pinheiral, na região sul-fluminense, o camisa 5 do Vasco estará torcendo pela classificação às oitavas de final quando a bola rolar para Argentina x Irã, neste sábado, às 13h, no Mineirão. Para chegar ao título, que não vem desde 1986, a receita do Cholo é simples: aliar a qualidade com mais atitude em campo.

- Fiz parte do processo das eliminatórias até a parte final e sei da qualidade de todos. Temos uma seleção muito forte, e todos sabem o que fazer ali dentro. Não é fácil para ninguém, e o Mundial está mostrando como o futebol está nivelado. O profissionalismo é muito alto, tem que vencer com qualidade e atitude também. Isso é importante, mostrar um diferencial para levar vantagem.

A comparação entre as últimas seleções, para Guiñazu, não deve ser feita, porque as equipes são semelhantes e pecaram na hora decisiva. Ele lembra apenas que os argentinos merecem tanto a conquista da Copa por causa de seu povo, que vive em crise há três anos.

Sem ressentimentos, o volante vascaíno reconhece que a exclusão do Mundial ocorreu por causa da idade e das lesões que o tiraram de ação por mais de seis meses no total. Em sua passagem pelo Inter, até o fim de 2012, era constantemente chamado.

- Tenho me machucado nos últimos tempos, e é claro que fica um gosto amargo por não estar lá. Mas não posso reclamar, estou alegre e agradecido por terem me dado a oportunidade de participar e fazer parte desse trabalho. Com 32 anos, como quando comecei, e ter 35 agora não é nada fácil seguir chamando a atenção.

A invasão argentina ao Maracanã na vitória sobre a Bósnia não lhe causou supresa.

- Já imaginava. É um pouco diferente dos brasileiros. Lá o sentimento para a seleção é outro. Tem gente que vem com a roupa do corpo e só. Compra o ingresso com sacrifício.

O carinho pelo Brasil existe, mas Guiñazú só quer saber das vitórias hermanas.

- Nunca vou torcer contra (o Brasil), não sou um cara assim. Torço pela minha Argentina mesmo. O melhor vai vencer, mas eu gosto de brincar e num grupo como o do Vasco é gostoso - contou o camisa 5, em referência à música que cantou no dia do empate brasileiro com o México, que faz alusão ao triunfo hermano na Copa de 90 e que diz que "Maradona es más grande que Pelé".

Torcedor fanático, Guiñazu aposta em grande Copa da Argentina, que faz segundo jogo neste sábado



Fonte: GloboEsporte.com