Vasco e Penalty encaminham prorrogação do contrato até o fim do ano; negociações com Umbro e Nike não avançaram

Sexta-feira, 13/06/2014 - 09:39
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A relação entre Vasco e Penalty, ao que tudo indica, caminha para novos capítulos. Clube e empresa avançaram nas negociações nos últimos dias e, segundo informações de fontes próximas ao caso, estão por detalhes de fechar a prorrogação do contrato, provavelmente por mais seis meses. A intenção é passar a bola sobre a continuidade ou não para a próxima gestão, que assumirá após a eleição de agosto. A tendência também foi motivada pela falta de ofertas atrativas de Umbro e Kappa, que sondaram o diretor geral, Cristiano Koehler, e estavam no páreo até então.

A vontade em São Januário era substituir a fornecedora de material esportivo, depois de cinco anos completados na última quarta-feira. Atritos de diversos tipos se tornaram cada vez mais comuns ao longo do tempo e quase azedaram o desfecho, mas diante do cenário atual, ambas as partes mantinham seus interesses em não abrir mão da parceria. Os moldes da extensão do vínculo devem ser semelhantes.

O anúncio, no entanto, não vai acontecer pelo menos antes de segunda-feira, quando o Conselho Deliberativo do clube se reúne para discutir aparentes irregularidades do vínculo e exige a entrega da auditoria prometida desde 2011. O órgão fiscal interno acredita que, além de itens não cumpridos, alguns milhões em royalties e arrecadações ficaram pendentes. A empresa só foi escolhida em 2009 porque o Vasco tinha uma dívida antiga, que foi paga mês a mês desde então. A favorita na ocasião era a Puma.

Grupos políticos passaram a pressionar a diretoria para que não renovasse com a Penalty ou aceitasse a entrada de outra parceira. Dois deles chegaram a fazer pedidos formais a membros da cúpula, e um deles protocolou tal solicitação oficialmente na secretaria. Todos sabem que a maioria dos torcedores rejeita a marca por reclamações de preços caros e qualidade do material. Foi criado um site com a contagem regressiva par o fim do compromisso. O São Paulo é o único outro time considerado grande no país que veste Penalty e recebe cerca de 30% a mais do que o Vasco.

Havia até a possibilidade de que o presidente Roberto Dinamite se encontrasse com a fornecedora em São Paulo, após passagem por Brasília em comitiva do partido ao qual é afiliado. Tudo para aparar as arestas finais e voltar ao Rio de Janeiro com o negócio concretizado. Publicamente, o clube apenas confirma que as conversas estão em andamento, mas que a definição só sairá na virada do mês, quando o contrato acabar.

Outras empresas do ramo

Sonho dos torcedores, a Nike namorou com o Vasco em dois momentos diferentes para rivalizar com a Adidas (de Flamengo e Fluminense), mas, desta vez, preferiu se concentrar na Copa do Mundo e não deve fazer novos negócios no futebol brasileiro no próximos meses. O processo burocrático da empresa também travaria a necessidade imediata do Cruz-Maltino, embora, há cerca de dois meses, o ex-presidente e candidato para retornar ao cargo, Eurico Miranda, tenha se envolvido na tentativa de um acerto.

Já a Umbro chegou a fazer oferta, que não agradou a diretoria. Mesmo que fosse superior à da Penalty, a atual parceira ainda poderia cobrir e ter preferência, de acordo com o contrato original. Já a Kappa, que trabalhou com o clube na década de 90, é representada no Brasil pela SPR, responsável pela gestão da franquia de lojas Gigante da Colina , o que poderia aproximar as partes. Mas não houve avanços.

Fonte: GloboEsporte.com