No jogo de ida da semifinal do Carioca Sub-20, disputado na noite desta 4ª-feira (04/06), em São Januário, o Vasco empatou com a Casa de España/Botafogo por 1 a 1. A partida de volta acontecerá na 6ª-feira (06/06), às 20h30, em local ainda a ser definido.
Na outra semifinal, o Flamengo venceu a ADDP/Cabo Frio por 5 a 2 no jogo de ida, realizado na Gávea, também nesta 4ª-feira. A partida de volta acontecerá na 6ª-feira em Cabo Frio.
Fonte: NETVASCO
Futsal: Vasco marca a 6s do fim e empata com a Casa de España/Botafogo em ida da semifinal do Carioca Sub-20
Em duelo decidido apenas nos últimos segundos, Vasco e Casa de España/Botafogo levaram a cabo mais um capítulo de uma longa rivalidade, que marcou o futsal do Rio nos últimos anos e continua a marcar. Pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca sub-20, as equipes empataram por 1 a 1 na noite desta quarta-feira (04), em São Januário. O Gigante da Colina, após sair atrás do placar, deixou tudo igual no marcador faltando apenas seis segundos para o término do cotejo, através de um gol do goleiro André Regly.
Como não poderia deixaria de ser após tantos confrontos, as equipes se conhecem bastante. Diante disto, a partida assumiu o caráter de não haver muitas chances de gol durante o primeiro tempo, com os times procurando, na medida do possível, não correr muitos riscos. Ainda mais numa quadra de 40 metros de comprimento com 20 de largura.
O quinteto inicial do Vasco foi formado por 16. André Regly, 13. Pedro Vargas, 12. Jefferson, 6. Everton e 10. Eduardo “Buchecha”. Atual campeã Estadual e Brasileira, e invicta há mais de um ano, a equipe da Casa de España/Botafogo mostrou sua superioridade nos primeiros dez minutos de jogo. O Vasco mal passava do meio da quadra (à exceção de um chute torto de Pedro Vargas com oito minutos de jogo). Já a equipe visitante controlava a posse de bola, mas não conseguia infiltrar na defesa vascaína bem postada.
Quando o conseguiu, encontrou um inspirado André Regly, que efetuava boas defesas e mantinha o zero no placar. Adotando uma postura de marcar em sua quadra defensiva e aceitar a maior posse de bola do adversário, o Vasco não conseguia as tão almejadas, e treinadas durante a semana, estocadas nos contra-ataques.
Após uma primeira fase muito ruim – de longe a pior do Vasco em muitos semestres -, com três derrotas e apenas duas vitórias e o incrível número de 23 gols tomados em apenas cinco partidas, o treinador Marcelo Akra mudou o planejamento tático para esta partida. Enfrentando um adversário muito qualificado tecnicamente e com ótimos resultados recentes – como vencer o Vasco em São Januário na primeira fase por 5 a 1 -, a equipe priorizou o encaixe defensivo, o que conseguiu ao longo de todo o jogo.
Nos dez minutos finais do primeiro tempo, o Vasco parou de sofrer pressão do adversário, e conseguiu equilibrar mais a posse de bola. De qualquer maneira, a partida seguia num ritmo cadenciado, com muito toque de bola (tanto que, começando 21h, terminou por volta de 22:10h, com muito tempo de bola rolando e pouco de cronômetro parado), porém sem muita acuidade por parte de ambos os times. Em uma boa partida de futsal, muito estudada por ambos os lados e entre equipes que se conhecem bastante, o intervalo chegou com o placar de 0 a 0. Vale reiterar que as principais chances, e a maior posse de bola, foram do time visitante.
No segundo tempo, com as duas equipes com as marcações bem encaixadas, o panorama não se alterou muito. As chances de gol claras permaneciam sem se apresentar em profusão. Entretanto, numa falha coletiva, a Casa de España/Botafogo abriu o placar, faltando menos de dez minutos para o final. O atleta do time visitante chutou sem muito ângulo, e o goleiro André espalmou mal para a frente, ao tentar encaixar a bola. Sem a cobertura, o que caracterizou uma falha grave, um atleta adversário cutucou livre, sozinho embaixo da trave.
Para quem adotava uma tática de marcar na maior parte do tempo em meia quadra e esperar o adversário em sua quadra de defesa, sofrer esse gol poderia decretar mais um revés. Mas não foi isso o que se verificou em quadra.
Para tanto, foi fundamental a grande atuação como goleiro-linha de André Regly, que é tido como um dos arqueiros do Rio de Janeiro que melhor trabalha com as bolas no pés. Com precisão nos passes, o que impedia roubadas de bola fatais que matariam o jogo, o Vasco esbarrava na bem encaixada marcação do adversário. E, como não poderia deixar de ser, em mais uma brilhante atuação do grande goleiro Rubão.
Faltando menos de trinta segundos, o Vasco começou sua última tentativa de empatar o marcador e deixar as coisas iguais para a decisão na segunda partida. Após cobrança de lateral, a bola foi trabalhada e Pedro Vargas deu um forte chute de longa distância, no ângulo direito. Gol? Não, mais uma defesaça de Rubão. Entretanto, no rebote, a bola sobrou para Everton, que foi à linha de fundo e chutou muito forte e cruzado para o meio. Sozinho na segunda trave, André Regly escorou de peito para o gol essa verdadeira “pedrada”. Um prêmio para o goleiro, que teve uma boa atuação e não merecia ter falhado no gol do adversário, e para o Vasco, que detectou suas falhas ao longo da primeira fase, aceitou a maior qualidade técnica do forte adversário e fez uma brilhante partida no plano estratégico.
Agora, é mais uma partida decisiva entre essas duas equipes. Na próxima sexta. Entretanto, o que é um verdadeiro absurdo, o local da partida ainda não definido. O que será feito apenas na véspera do jogo. Simplesmente lamentável. Em caso de novo empate, a partida vai à prorrogação, na qual o empate seria da Casa de España/Botafogo, que teve a melhor campanha. Na outra semifinal, estão se enfrentando Flamengo e ADDP/Cabo Frio. Também nesta quarta, o Rubro-Negro venceu o primeiro jogo por 5 a 2, na Gávea.
A palavra do treinador: Marcelo Akra
Em entrevista concedida ao Blog CRVG – Em Todos os Esportes após a partida, Marcelo Akra ressaltou a humildade da comissão técnica e dos jogadores para modificar a forma de jogar após uma primeira fase muito ruim. O treinador mostrou-se satisfeito diante da maturidade tática e eficiência defensiva demonstradas ao longo da partida pelos seus comandados, mas não com o resultado. Enfatizando que a proposta era ganhar o jogo, ele ressalta a importância do resultado obtido diante das circunstâncias adversas, levando a decisão do finalista para o segundo jogo. Mas não deixa lamentar as chances desperdiçadas em contra-ataques, o que ele chama de “bolas do jogo”.
- Eu avalio que a gente foi humilde o suficiente, como tem que ser, para perceber que precisava mudar. Não que antes não estivéssemos sendo. A gente acredita em uma proposta de jogo, de trabalho, mas que, por alguns motivos, não funcionaram. Precisamos ter recursos técnicos, táticos e estratéticos para sermos capazes de mudar e fazer bem feito. E foi o que fizemos hoje. Nosso time jogou exatamente como planejado. Acho que a gente teve algumas “bolas do jogo”. Com todo o respeito ao Botafogo, que é um time muito bom e tentou várias alternativas, mas tivemos algumas “bolas do jogo”, com vantagem numérica no contra-ataque, e não conseguimos. E, ao meu ver, na única falha do nosso sistema defensivo no jogo todo, eles foram tão competentes que esperaram essa única falha para fazer. Quanto ao nosso gol, treinamos para esse gol, claro que não para que fosse faltando seis segundos. Essa movimentação que aconteceu quando saiu o gol já havia acontecido algumas vezes no próprio jogo, com o goleiro deles excepcionalmente bem. Mas a gente teve, o que me deixou muito gratificado, a maturidade para continuar jogando mesmo faltando pouco e aproveitar o que nós treinamos. Esses movimentos, quando nós ficamos atrás do placar, foram todos treinados ontem, mas o melhor de tudo é a maturidade deles para realizar isso, sobretudo sob pressão de tempo e de espaço. Eu confesso que o resultado não é o que eu queria. Nós conversamos e combinamos, a proposta era de ganhar o jogo. Mas, diante do quadro, o resultado até ficou bom. São dois jogos. Este jogo hoje já não resolveria nada de qualquer maneira, e, como tem que ser, empurramos a responsabilidade para o segundo jogo. Estamos para a briga, estamos na briga.
Confira os jogos do Vasco no Carioca Sub-20:
1ª Fase
29/04 – ADDP/Cabo Frio 7 x 3 Vasco da Gama – Local: Alfredo Barreto
09/05 – Vasco da Gama 1 x 5 Casa de España/Botafogo – Local: São Januário
16/05 – Vasco da Gama 3 x 2 Grajaú Country – Local: São Januário
22/05 – Vasco da Gama 7 x 2 Mendes – Local: São Januário
27/05 – Flamengo 7 x 4 Vasco da Gama – Local: Gávea
Semifinal
04/06 – Vasco da Gama 1 x 1 Casa de España/Botafogo – Local: São Januário
06/06 – Casa de España/Botafogo x Vasco da Gama – Local: A definir
Fonte: Blog CRVG Em Todos os Esportes