Tadeu Correia discorre sobre mensalão no Vasco e comissão de sindicância
Convidado especial do programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM, Tadeu Correia, vice-presidente do departamento infanto-juvenil e membro da comissão de sindicância que investiga o mensalão vascaíno, discorreu sobre os trabalhos realizados pelo grupo de pessoas que analisa a entrada de 3 mil sócios em abril de 2013 e afirma que tudo está em fase final:
“Essa comissão é composta de 10 pessoas e eu sou uma dessas. Essa comissão vem trabalhando em conjunto dentro do planejamento traçado lá atrás e foi muito difícil, pois para sair a comissão foi um problema, para continuar os trabalhos havia um óbice, mas calculo que nesses oito meses nós tivemos realmente cinco meses de trabalho, três meses foram tempo perdido, tendo em vista algumas dificuldades de dentro do próprio clube. Estamos em fase final, não vai demorar muito isso aí e o que está atrasando foi o lacre que a sala sofreu, já era para ter saído isso, e se não tivesse acontecido o que aconteceu já teria encerrado tudo isso na semana passada naturalmente. Esse lacre acabou prejudicando não só o clube, porque o departamento infanto-juvenil está fechado, as pessoas não estão podendo trabalhar, e atrapalhou também a comissão porque parte dos anexos que são necessários para colocar no relatório estão na sala, temos o relatório final pronto há algum tempo e estamos vivenciando a última semana de recepção dos sócios propostos que foram chamados por carta AR. O que posso falar no momento é isso.”
Questionado sobre a entrada dos sócios e onde teria parado parar o dinheiro da associação em massa, coronel Tadeu assim respondeu:
“Quanto a entrada desses sócios e a gestão desse dinheiro, eu não posso falar muito, não sei se esse dinheiro entrou na tesouraria, se o Vasco usou esse dinheiro ou não usou, não tenho como responder isso. Se a pessoa entrar de sócio, vai lá e irá regularizar, mas se você chama a pessoa e ela não comparece, aí o Vasco vai devolver o dinheiro, o problema é devolver para quem? O Vasco tem que devolver o dinheiro, tem que saldar as dívidas dele, mas se a pessoa que entrou realmente é Vasco vai tentar regularizar a situação dela. Quem realmente é Vasco hoje a última coisa a pensar é tirar dinheiro do clube. Não sei onde o dinheiro entrou, e nem sei se foi guardado, deve estar lá esperando a devolução para as pessoas.”
Coronel Tadeu opina sobre eleições e uso de juniores no Campeonato Carioca
Tadeu Correia, vice-presidente do infanto-juvenil e candidato à presidência das eleições que ocorreram em 6 de agosto, foi o convidado do programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM. Coronel Tadeu, como é conhecido, esclareceu se é candidato da situação ou se deixou de fazer parte da situação e se manteve candidato:
“Acredito que todos nós que entramos numa chapa devemos fazer parte da situação ou da oposição relativamente. Quando temos compromisso não é com a situação nem com a oposição, mas com o clube. Na hora em que o clube for maculado de alguma forma, você deve escolher o lado do clube e esquecer se é situação ou oposição. Quando houve debandada de alguns companheiros por vários motivos, e acredito que justos, eu fui questionado. Sempre acredito que a gente entrar numa batalha e tem que correr atrás até o momento final, é melhor a gente lutar e tentar fazer alguma coisa do que nos omitirmos, essa é minha opinião e outros não pensam assim. Queria deixar bem claro que não compartilho e nunca vou compartilhar, quer seja situação ou oposição, de coisas que não são boas para o clube.”
Dentro de campo, o Vasco vem sofrendo com erros de arbitragem, tendo sido prejudicado em jogos contra o Flamengo no Campeonato Carioca, e um dos erros acabou tirando o título estadual do clube. Coronel Tadeu se mostrou contrário em colcoar um time de juniores no próximo Estadual como uma forma de retaliação à FERJ e disse que toda competição é para se entrar e ganhar:
“Disputar o Estadual com um time que não é titular vai haver retaliação para o próprio clube do que para a Federação, disputa ou não disputa. Você colocando um time que não seja titular num campeonato desse está arriscado a ir lá para baixo, já aconteceu há algum tempo nós sofrermos no início de campeonato aí. Pensar com emoção no futebol é normal, mas na hora de você traçar seus planos de gestão você tem que ser racional. Temos que fazer um diagnóstico e saber porque o Vasco chegou nessa situação, o mais fácil é sempre colocar a culpa nos outros, todos sabem e nem precisa falar que existe um problema na Federação, mas façamos o dever de caca, vamos fazer um trabalho de causa e efeito e ver onde estamos errando. Não acho legal nossa relação com a mídia, com as instituições, inclusive com a CBF, é relação de parceria, não acho interessante a nossa relação de parceria com nossos co-irmãos, nós para sermos fortes tem que os nossos adversários serem fortes. Se enfrentarmos times fracos não seremos fortes, seremos enganados e estaremos nos enganando quanto a isso. Se entrar num campeonato, é para ganhar, a marca do Vasco não pode ser maculada, e não adianta colocar um time de juniores e terminar o campeonato em penúltimo lugar e depreciar a marca. Fora do Vasco existem problemas, há problema na Federação? Sim, existem problemas em todos os lugares e no Vasco também, primeiro a gente arruma a casa e depois vê como atacar cada problema.”
Fonte: Supervasco