O torcedor vascaíno não é conhecido por ser tão supersticioso quanto o botafoguense. Mas uma comparação no primeiros resultados do time nas campanhas de 2009 e de 2014 na Série B impressiona. Na mesma etapa da competição, o Vasco repete uma sequência complicada de empates. Mas se naquele momento a pressão não foi capaz de fazer rolar a cabeça de Dorival Júnior, neste momento pode sobrar para Adilson Batista caso o Vasco iguale a sequência de cinco empates obtida em 2009, na primeira vez que disputou a Série B. Contra a Portuguesa - 1 a 1, em Volta Redonda - foi o quarto empate consecutivo, que deixa o time na 12ª posição. Nesta terça, o rival é o Boa Esporte, em Minas.
À época, no início da gestão Dinamite, a torcida ainda tinha alguma paciência com o time e acabava aliviando de certa forma nas cobranças. O Vasco, entre trancos e barrancos, chegava bem também nas semifinais da Copa do Brasil - e foi eliminado justamente após dois empates, um deles nessa sequência de cinco jogos sem vencer na Segundona -, o que era um sinal positivo para a caminhada vascaína de volta à Série A.
Desta vez, no entanto, o fim da era Dinamite promete pressionar ainda mais o ambiente do futebol. As reclamações, as pressões e a proximidade das eleições, depois de duas quedas para a Série B, depõem contra a compreensão da torcida, que pediu a cabeça de Adilson ainda durante o empate por 1 a 1 contra a Portuguesa, no último sábado, em Volta Redonda. O diretor de futebol Rodrigo Caetano vê semelhança nas duas campanhas, mas não quer sequer pensar em mais um tropeço antes da Copa do Mundo.
- É apenas uma coincidência isso, óbvio que não era a sequência que esperávamos para esse início de Brasileiro. Mas vamos trabalhar para recuperar - diz Rodrigo Caetano.
A queda na trajetória do Vasco em 2009 começou na quarta rodada, depois do time perder para o Paraná (2 a 1). Em seguida, dos cinco empates, três foram dentro de São Januário. Somente nas 10ª, 11ª e 12ª rodadas, com vitórias seguidas, o time de Dorival se recuperou, chegou ao G-4 e do topo da tabela não mais saiu. Mas com oito jogos, a diferença era de apenas dois pontos para a também criticada campanha de 2014.
Fonte: GloboEsporte.com