No calor dos acontecimentos do quarto empate consecutivo do Vasco na Série B, o técnico
Adilson Batista disse que sabia onde estava o problema e que iria conversar com o diretor de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, para tentar uma solução para o clube. Com ressalvas sobre o quanto respeita o time de São Januário e para os desfalques e problemas que teve desde a final do estadual, o técnico pode viver seus últimos momentos como treinador do Vasco a um jogo da paralisação para a Copa do Mundo. A indefinição parece residir justamente no último compromisso pré-Copa, contra o Boa, na terça-feira.
O diretor de futebol do clube, o treinador e o presidente Roberto Dinamite definem o rumo do futebol do Vasco nesse domingo. Pelo discurso do treinador e pelas rápidas palavras de Caetano após o empate em Volta Redonda, a tendência é mesmo da saída do técnico. Adilson assumiu o Vasco faltando sete jogos para o fim do Brasileiro do ano passado. Foram três vitórias, duas derrotas e dois empates, insuficientes para livrar o Vasco do segundo rebaixamento para a segunda divisão em cinco anos. No Carioca, após campanha irregular na primeira fase, o Vasco eliminou o Fluminense e foi superior nos dois jogos contra o Flamengo, deixando, porém, o título escapar no último minuto. O gol, em impedimento marcado para o Rubro-negro, tem reflexos até hoje em São Januário.
Na Série B, a situação do treinador parece insustentável. Por ora, os vascaínos deixaram de lado os protestos contra a diretoria e se concentraram em xingar e vaiar o técnico. Depois do quarto empate, o clube amarga a 12ª posição com um jogo a menos, mas cada vez com mais dificuldades a cada rodada. Em 2009, Dorival Júnior também atravessou um período complicado no comando do Vasco, mas seguiu e foi campeão da Série B com folga. Resta saber se Adilson, que mostra insatisfação com o desempenho de jogadores, vai aguentar a pressão e se a diretoria pretende esperar e ainda acredita na recuperação do time com o atual treinador do Vasco.
- Vou conversar com Rodrigo Caetano internamente. Só ele vai saber. Claro que me sinto incomodado pela situação, pela grandeza do clube, pelos objetivos que temos. Eu respeito muito o Vasco da Gama – disse o técnico no fim da partida.
Mas Adilson não foi o único vaiado em Volta Redonda. Mesmo fazendo boa partida, Diogo Silva sentiu mais uma vez na pele a perseguição dos vascaínos. No primeiro tempo, quando errou um domínio de bola sem consequência na área do Vasco, o goleiro foi vaiado e ouviu novos protestos dos torcedores. Após esse lance, Diogo salvou duas bolas fora da área. Numa delas, precisou driblar um adversário e ainda sofreu falta, que não foi marcada pelo árbitro. Ainda assim, os torcedores o xingaram, porque o jogador da Portuguesa tentou encobri-lo, mas não foi feliz. Na saída para o intervalo, ele desabafou para os jornalistas que o acompanhavam de dentro do campo.
- Eu ajudei meus companheiros, e eu estou sendo vaiado. Vocês estão vendo, não estou inventando nada, mas é ter tranquilidade, paciência, é ajudar meus companheiros a sair com o resultado positivo.
Fonte: GloboEsporte.com