Após o empate sem gols contra o Joinville neste sábado, pela sétima rodada da Série B, o técnico do Vasco, Adilson Batista avaliou que o time teve dificuldades no início, mas melhorou após o intervalo.
- Foram dois tempos distintos. O primeiro foi muito ruim. Não conseguimos jogar, tivemos dificuldades, erramos demais, o adversário teve as suas chances. Voltamos de uma maneira diferente, com os mesmos três zagueiros, mas em uma linha de quatro. Adiantamos o Yago e ganhamos velocidade, tivemos volume, posse, situações claras, assim como o adversário. Lamentamos, porque o intuito era levar os três pontos, mas em função do rendimento do primeiro tempo, precisamos corrigir algumas situações.
Confira a íntegra da entrevista do treinador:
Mudanças no intervalo
Mudamos para fazer uma espécie de quarto homem, mas pegando também a passagem do lateral. Eliminamos assim o setor do Edigar Junio, que foi até jogar do outro lado. Ai coloquei o Diego Renan em cima dele. O volume do segundo tempo foi muito bom. Tivemos chances claras e poderíamos ter tido uma sorte melhor. Sabíamos que seria um jogo duro.
Time está no limite?
Claro que a preocupação com os jogadores que estão voltando de contusão existe e temos que pensar nisso no dia a dia. Tivemos dificuldades desde a perda do estadual. Ainda temos alguns jogadores fora, mudamos o sistema por causa disso, usamos a velocidade dos meninos. Não é que eu queria proteger alguns jogadores, mas precisava dar ritmo a eles. Tenho que encontrar alternativas no próprio elenco, afinal estou com eles desde janeiro. Tivemos dificuldades com os três zagueiros. Depois melhoramos com a linha de quatro. A mudança de postura mostrou o asco que a gente quer ver.
Atuação
Vi um primeiro tempo para se esquecer, muito ruim. No segundo tempo, apresentamos o mesmo futebol do estadual. Tivemos volume de jogo, posse de bola, criamos, o time se entregou em campo... Isso que eu observei.
Defesa
Começamos meio perdidos. Mas corrigimos com os mesmos jogadores. Fizemos apenas um treino e jogamos 45 minutos daquele jeito. Não adianta bater nessa tecla. Fizemos porque conhecemos os atletas (Rodrigo e Edmílson). Precisávamos colocá-los em campo. Dar ritmo de jogo mesmo em um confronto difícil.
Três zagueiros no futuro?
Usei os três zagueiros também no início do segundo tempo, mas em uma linha de quatro com o Luan na lateral. Já tivemos uma postura diferente com os mesmos jogadores. Adiantei o Diego Renan e corrigi o lado que estava sobrecarregado. Ainda ganhei velocidade com o Yago. Tinha que pensar em algumas situações que observei com os jogadores que estavam voltando de lesão. Não digo proteger, mas jogar para também ganhar esse atleta na frente. Também tínhamos preocupações no aspecto físico. Jogadores indo para o segundo, terceiro jogo em pouco tempo. Temos que enaltecer o segundo tempo e trabalhar em cima do que fizemos ali.
Diogo Silva
Ele foi muito bem, principalmente no primeiro tempo. Salvou uma bola do Edigar Junio pela esquerda. Fez uma partida exemplar e teve um aspecto importante para os grandes goleiros: ele teve sorte também. Se posicionou corretamente, saiu bem do gol... É fácil pegar um para criticar nas derrotas, mas não trabalhamos assim. Ele tem talento e potencial.
Projeção de pontos até a Copa
Não pensamos assim. Vamos jogo a jogo. O foco agora é o Bragantino. Gostaríamos de ter vencido o Joinville, claro. Perdemos também alguns pontos que não deveríamos.
Fonte: GloboEsporte.com