Problemas com um filho recém-nascido podem deixar o amor ao time do coração um pouco esquecido, mas com o vascaíno Gustavo Emanuel aconteceu justamente o contrário. Natural de Picos, cidade localizada ao sul do Piauí, o empresário estava em Teresina acompanhando o filho na UTI neonatal quando soube que o time cruz-maltino estava na capital piauiense. Para o torcedor, o nascimento da bebê foi que deu sorte para a vinda da equipe carioca ao estado, e ele ainda compara sua situação com a vivida pelo goleiro Martín Silva há alguns meses.
O filho de Gustavo nasceu no dia 29 de abril com apenas sete meses de gestação. Prematuro, Gustavo Filho está em recuperação na incubadora para ainda ganhar peso. O pai sempre percorria 306km de estrada (distância entre Teresina e Picos) para acompanhar o estado de saúde do recém-nascido. Até que decidiu ficar por mais tempo na capital. Foi aí que soube que o time do coração iria jogar ali pertinho, no estádio Albertão, em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Para ele, um sinal de boa sorte trazida pelo filho.
- Tenho certeza que ele foi a atração para o Vasco vir jogar aqui. Já chegou trazendo boa sorte, e quando ele estiver um pouco maior vou levá-lo para São Januário, vai ser o primeiro estádio que ele vai visitar – conta Gustavo, adiantando que o filho deve conhecer a Colina ainda em 2014.
Guilherme se inspira em um atleta do Vasco para enfrentar o momento difícil que passa com o filho. O goleiro Martín Silva teve alguns dias de licença durante o Campeonato Carioca para poder acompanhar a filha Pilar no Uruguai, que também nasceu prematura. Pilar se recuperou e Martín Silva voltou ao Vasco, e Guilherme espera resultado parecido.
- Assim como a filha dele se recuperou, tenho certeza que meu filho também vai se recuperar. O Vasco vai dar sorte – acredita o pai.
De pai para filho
A relação com time da Cruz de Malta é antiga na vida de Gustavo. Ele conta que representa a terceira geração de vascaínos da família, após "herdar" o amor ao time do pai, que herdou do seu avô. Já o avô materno, botafoguense, ainda tentou botar um fim nessa linhagem, mas foi atrapalhado pelo genro.
- Meu avô por parte de mãe queria que eu fosse botafoguense, mas quando eu tinha uns 6 ou 7 anos meu pai comprou uma camisa do Vasco para mim e eu me apaixonei. Graças a Deus hoje sou vascaíno – relembra.
E o Gustavo Filho, ao que tudo indica, será a quarta geração de vascaínos na família. O plano de conhecer São Januário no primeiro ano de vida é apenas o começo de toda uma influência que o pai deseja exercer, e já sabe qual resultado que vai esperar.
- Sempre tive uma relação familiar com o Vasco, porque tinha influência do meu pai. Mas hoje eu já superei ele, sou mais fanático, e espero que meu filho se torne mais fanático do que eu também – afirma.
O plano de Gustavo não vai encarar muita resistência. Apesar do receio de ver o filho em um estádio tão cedo, a mãe flamenguista Lygielle Fernanda já aprendeu a conviver com o fanatismo do marido, tanto que já está ela mesma quase mudando de lado.
- Ainda vamos conversar sobre isso de levar ele para São Januário, mas acho que vai ser vascaíno mesmo. Até eu já estou torcendo para o Vasco por causa dele – conta.
Fonte: GloboEsporte.com