Conheça a história da torcida organizada Pequenos Vascaínos, fundada em 1975

Terça-feira, 13/05/2014 - 07:27
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PEQUENOS VASCAÍNOS 1980: UMA TORCIDA PARA OS JOVENS

Fundada há cinco anos, a Torcida Pequenos Vascaínos tem atualmente cerca de 600 sócios, em sua maioria crianças e jovens, com até dezesseis anos. Esta é, aliás, a sua principal característica, ou pelo menos característica, ou pelo menos o que motivou a sua criação: uma Torcida para as crianças e os jovens.

Dona de uma das melhores baterias de Torcida Organizada do Rio, a Pequenos Vascaínos foi se constituindo em ponto de encontro dos que apreciam o ritmo de samba, inclusive de alguns vindo de Torcidas adversárias.

TRÊS CRIANÇAS

A Pequenos Vascaínos foi fundada em agosto de 1975, no Bairro de Olaria, onde mantém Sede até hoje, por três jovens: Jorge Borba Macedo, Francisco José Guimarães e Lúcio Lopes, de 13. 14 e 15 anos, respectivamente.

- “A ideia, conta Zeca, seu atual Chefe, era formar uma Torcida em que as crianças pudessem tomar parte. Mas na verdade os três meninos não esperavam que a Torcida fosse crescer tanto.”

Mas ela cresceu. A ponto de hoje já contar com vários sócios não só no Rio, como no resto do País. Além das categorias de “sócios mirins” (para crianças) e “sócio contribuinte”, ela se orgulha de ter, como “sócio honorário”, Amâncio César, Chefe da TOV, e Francisco das Chagas, fundador da ASTOVAS (Associação das Torcidas do Vasco), entidade que coordena todas as Torcidas Organizadas do Vasco).

BATERIA

Entretanto, o maior orgulho da Torcida, segundo Zeca, é a sua Bateria. Composta por mais de 40 peças, ela chama a atenção nas arquibancadas do Maracanã não só por seu volume mas, principalmente, por sua harmonia.

“Ela é, sem dúvida; o ponto alto da nossa Torcida é o fator mais importante para o sucesso que nós alcançamos. Modéstia a parte; a Pequenos Vascaínos, tem hoje a melhor bateria de Torcida do Rio”.

Não é a toa que muitos integrantes de outras Torcidas gostam de parar algum tempo por lá e ajudar a tocar algum instrumentos. E até mesmo de Torcidas adversárias vem alguns que já se tornaram verdadeiros fãs da bateria da Pequenos Vascaínos.

- O Niltinho, da Torcida Jovem do Flamengo é um deles. Quando o Vasco joga contra outro time que não seja o dele, ele está lá com a gente, levando no tarol ou no repique, informou.

Isso tudo ajudou a Torcida a crescer, de tal forma, que ela hoje é presença obrigatória em todos os compromissos do Vasco, seja no futebol, ou nos esportes amadores, no Rio e em todo o Brasil. De grande importância para o seu desenvolvimento é também a atuação constante de seus diretores: Cláudio Lopes, José Petito, Antônio dos Santos, Paulo Martins e Laerte Chagas que tem ajudado, inclusive, na parte financeira.

“Para se manter uma Torcida, sempre de bandeiras novas e couros esticados, não basta o espírito e o coração Vascaínos. É necessário sobretudo o auxílio financeiro e graças a esses seis diretores, é que temos sobrevivido, confessou Zeca.

CONCURSO

Em concurso promovido pelo Jornal dos Sports em dezembro de 1977, a Pequenos Vascaínos venceu nada menos que quatro dos oitos quesitos instituídos para a premiação: A mais vibrante Torcida do Vasco, A melhor Uniformizada, As mais lindas bandeiras e como não poderia faltar, A Melhor Bateria.

- É isso que nos dá motivação para continuar, prosseguiu Zeca. Quando a gente sai daqui, enfrenta mais de nove horas de viagem para ir a Minas, chega lá e é espancado pela Torcida adversária debaixo dos narizes dos soldados que nada tentam fazer para conter as agressões. Isso, as dá para desanimar. Mas se a gente canta e grita durante o jogo todo e no final o Vasco sai vencedor, é como se um novo animo nascesse e ai a gente sente que não dá mesmo pra ficar longe dos Estádios e das cores vascaínas, finalizou ele.

Fonte: Jornal do Vasco 1980



Fonte: Blog Torcidas do Vasco