Pelo São Paulo, foram pouco mais de 30 jogos em três anos. Mas, segundo Fabrício , o único problema físico que o impediu de jogar aconteceu em 2012, quando sofreu uma lesão grave no joelho e teve que se submeter à cirurgia. Depois, ele não atuou por causa de "pessoas que se dizem soberanas" no Tricolor Paulista e mandam no clube. Essa foi a explicação do jogador que foi apresentado no início da noite desta sexta-feira, em São Januário, e ainda lembrou a parceria com Adilson Batista no Cruzeiro em 2009, quando o time mineiro foi vice-campeão da Libertadores. Falante, o volante de 31 anos contrastou com um tímido Guilherme Biteco, de 20, ex-Grêmio, que também vestiu pela primeira vez a camisa do Vasco.
- Fui rotulado como um jogador de muitas lesões, o que não aconteceu. Principalmente no São Paulo. Voltei no começo do ano passado e aí vieram algumas coisas, uma bagunça danada no São Paulo e sobrou para mim. Mas não fiquei inativo. Adilson é um cara que já conheço e vejo que está sempre atualizando. Estou feliz de encontrá-lo de novo aqui no Vasco. Infelizmente, lá há pessoas que se dizem soberanas, que acham que entendem de tudo, de futebol e tudo mais. E se acham que você não serve, dificilmente qualquer jogador joga lá - alfinetou, citando os exemplos de Cícero e Arouca, hoje no Santos, Rodholfo, do Grêmio, Casemiro, hoje no Real Madrid (ESP), e ainda o pentacampeão mundial Lúcio, que está no Palmeiras.
Fabrício e Guilherme Biteco, que assinaram contrato por empréstimo até o fim da temporada, já devem ter condição de jogo na próxima quarta-feira, segundo o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano. O dirigente, aliás, ressaltou que os dois chegam com possibilidade de renovação automática para permanecerem em São Januário em 2015. Com bom humor, o volante mostrou intimidade com o presidente Roberto Dinamite e brincou ao receber a camisa das mãos do maior artilheiro e maior ídolo da história do Vasco.
- Acho que esse ano vou fazer gol. Já vem com cheiro de gol - disse ele, que ouviu de Dinamite:
- É, eu fiz uns golzinhos aí...
Fabrício também caprichou no discurso ao dizer que o clube deve se sentir incomodado por estar na Série B até o momento que garantir a classificação de volta à Primeira Divisão. Ele reforçou que a missão se tornou ainda mais motivadora para vir para o Vasco e disse que era um sonho jogar no futebol do Rio.
- É uma situação incômoda para uma grande equipe como essa, com uma história linda no futebol brasileiro e mundial. Aqui passaram grandes jogadores, estou do lado de um deles (do presidente Roberto Dinamite). Não dá para aceitar essa equipe na Série B. Vamos buscar o título para levar o Vasco para onde merece - disse Fabrício.
Biteco foi referendado novamente pelo diretor Rodrigo Caetano e disse que prefere atuar pela direita no meio de campo, mas pode ajudar "o professor Adilson" onde ele bem entender.
- Estou aqui para ajudar. Pela esquerda, meio, direita, tanto faz. Quero jogar e bem pelo Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com