O Vasco começa de maneira complicada a batalha pelo acesso à divisão de elite do Campeonato Brasileiro. Depois do empate em casa na primeira rodada da Série B, o Cruz-Maltino perdeu para o Luverdense com um desempenho insosso em um dos últimos testes da Arena Pantanal. A fragilidade da defesa - composta por Luan e Rafael Vaz - foi resultado da falta de sincronia dos laterais, que permitiu que ambos os setores fossem usados pela equipe mato-grossense. Reginaldo escondido, Thalles bem marcado e Douglas pouco produtivo contribuíram bem menos que o habitual. Por outro lado, a equipe ainda se contentou com a pintura de Yago, que descontou com um gol no segundo tempo, e com o calor da torcida cruz-maltina em Cuiabá.
RIVAIS EM PAZ
O segundo compromisso na Série B foi, além do evento-teste da Arena Pantanal, o momento dos vascaínos de Cuiabá matarem saudade do time de coração. O clima era amistoso, tanto que houve coexistência harmoniosa até com torcedores do maior rival. Muitos cruzmaltinos e rubro-negros viram o jogo lado a lado. Ainda que tenha jogado em casa, o Luverdense ficou em minoria na torcida, mas recebeu ajuda dos rivais quando vencia no segundo tempo e seus jogadores tocaram a bola sob gritos de "olé".
PENSOU DEMAIS
O novo arranjo do Vasco por conta da série de desfalques forçou o técnico Adilson Batista a improvisar. Livre no meio, Montoya foi a opção para dividir a criação com Douglas. No entanto, as subidas ao ataque eram inevitáveis e, em uma delas, o colombiano bobeou feio. O passe de Thalles pôs o meia na cara do gol, logo aos 11 minutos. Depois de driblar duas vezes o goleiro, Montoya desperdiçou uma chance clara e arrancou gritos desesperados da torcida.
NERVOSISMO
Diogo Silva voltou a tirar o fôlego dos torcedores. A chance de substituir o lesionado Martín Silva caiu no colo do goleiro justamente quando o Vasco jogou em Cuiabá, sua terra natal. A pressão, no entanto, pesou. O reflexo para tentar impedir o primeiro gol do Luverdense deu pinta de que Diogo faria uma boa partida. Porém, quase o cruzmaltino deu vexame diante dos conterrâneos ao soltar a bola em jogada aérea e por pouco não permitiu que Reinaldo marcasse o segundo gol, desta vez de bicicleta.
BRILHO DA JOIA
Os sucessivos erros de finalização no ataque ficaram evidentes e irritaram o técnico Adilson Batista, que interveio no intervalo. Para a etapa complementar, pôs Yago no lugar de Reginaldo, e a joia cruzmaltina entrou com uma única missão: finalizar. Na chance mais clara, emendou forte chute de longa distância e surpreendeu o goleiro Gabriel Leite. Apesar do esforço e da torcida se animar com a reação, o golaço não evitou a derrota.
PRESSÃO CONCENTRADA
Motivado pelo gol de Yago no segundo tempo, o Vasco buscou fazer em 20 minutos o que não havia feito desde o começo do jogo. Com pressão de ambos os lados do campo, o Cruzmaltino encontrou, na infiltração de Diego Renan, a chance mais clara de empatar o duelo. Com Thalles de pivô enfiado na grande área, o lateral carregou a bola, tocou para o atacante, que serviu e deixou o lateral livre para concluir. A bola ainda foi desviada pelo goleiro.
Fonte: GloboEsporte.com