A poucos minutos do início do jogo entre Luverdense e Vasco pela Série B do Campeonato Brasileiro, ainda era grande o número de torcedores chegando à Arena Pantanal e buscando ingressos na bilheteria do Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá.
A exemplo do que ocorreu no jogo entre Mixto e Santos, no último dia 2 de abril, os portões foram abertos com atraso de 40 minutos, às 13h.
Segundo alguns voluntários que trabalhavam no setor Oeste do estádio, a demora se deu por alguns ajustes que precisavam ser feitos nas catracas recém-instaladas.
A expectativa do Luverdense de jogar em casa com um público de pelo menos 30 mil torcedores - uma vez que nem todas as cadeiras foram instaladas –, até o momento, não parece ter sido alcançada.
Em vários pontos das arquibancadas é possível notar assentos vazios. O número exato de público, porém, será revelado no final do jogo.
Alguns torcedores saíram frustrados da bilheteria, ao perceberem que os cartões de débito e crédito não eram aceitos na compra dos ingressos.
Os ânimos também se exaltaram entre alguns membros da imprensa nacional e o staff da Fifa, do lado de fora do setor Oeste do estádio, quando repórteres reclamavam da falta de orientação por parte dos agentes de trânsito (“amarelinhos”) que atuavam no acesso ao estádio.
Avaliação dos torcedores
Porém, o forte calor e a demora não intimidaram os torcedores, que vieram não só da Capital, mas também do interior. Que o diga a Força Jovem do Vasco, onde parte dos torcedores se deslocaram de Barra do Garças para conferir o time de coração.
Integrante do grupo, Gilmar Souza Moraes aposta em uma vitória com folga do seu time.
“Pode escrever aí: o Vasco vai ganhar de 3 a 0”, disse, pouco antes de ingressar no estádio.
Muitos torcedores estão conhecendo o estádio pela primeira vez e não economizam elogios à obra. É o caso de Welysson de Souza Alves, que veio de Rondonópolis para também torcer pelo Vasco.
“É um estádio muito lindo. Até agora, gostei muito do que vi”, disse.
A beleza do estádio também encantou Paulo Biazzi, um senhor que, acompanhado do neto vascaíno, aposta na vitória do Luverdense.
“Acho que o Luverdense é a ressureição do esporte em Mato Grosso e nós, que somos daqui, temos que torcer para o time da nossa casa”, disse.
Biazzi também marcou presença no jogo inaugural do Verdão, em 8 de abril de 1976, disse não ter comparação a emoção que sentiu junto aos 44 mil torcedores daquela época e o assombro ao ver o novo estádio.
“Eu morava em Rondônia quando vim assistir a inauguração do Verdão, quando o Flamengo jogou aqui, além dos times locais. Não dá para comparar. Hoje eu vi porque esse é hoje um dos oito estádios mais belos do mundo”, disse.
Organização
Muitos voluntários e membros do Comitê Organizador Local (COL) da Federação Internacional de Futebol (Fifa) atuam hoje na organização do jogo, que serve como o primeiro teste oficial do estádio para a Copa do Mundo.
Hoje, as áreas testadas pelo COL são: Limpeza e Resíduos, Transporte, Serviços ao Espectador, Voluntários, Alimentação, Tecnologia, Competições (gramado) e Segurança – com atuação dos “stweards”, segurança privada que também irá operar no estádio durante a Copa.
Fonte: Midianews