A Portuguesa não desistiu de jogar a Série A. Ao menos é essa a posição do departamento jurídico do clube. Depois de o presidente Ilídio Lico ter jogado a toalha no último domingo, o advogado José Luiz Ferreira de Almeida disse nesta segunda-feira que mantém esperanças de rever o time na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Depois de a CBF cassar a liminar do torcedor Renato de Britto Azevedo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, José de Almeida afirma que agora aguarda o andamento das ações de outros torcedores. Ele também diz que a própria Portuguesa não vai retirar o seu processo da Justiça.
O advogado, no entanto, admite que caso a Lusa ou outros torcedores não obtenham novas vitórias nos tribunais, o time entrará em campo no sábado para enfrentar o Santa Cruz, pela segunda rodada da Série B. O problema, segundo ele, pode perdurar durante toda a competição.
– Hoje é Série B. Se não acontecer nada até o fim de semana, a Portuguesa vai jogar a Série B. Mas, se acontecer, não vamos jogar. As ações de torcedores e da Portuguesa continuam. Se sair uma nova decisão mesmo depois de sábado, não entraremos em campo na rodada seguinte. E caso haja uma ação favorável lá na frente que dê ganho de causa para a Portuguesa, vai ter de anular tudo. Há um pedido de reconsideração da cassação (da ação da Lusa, e não do torcedor Renato Azevedo). E ainda será julgado o agravo da decisão liminar. Tudo pode cair, mas, se nada acontecer, jogaremos a Série B – disse o advogado da Lusa.
José de Almeida também diz não temer punições esportivas do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por ter abandonado a partida contra o Joinville. Ele diz que o clube não teve culpa no episódio e se respaldou em uma decisão judicial - uma liminar, obtida pelo torcedor Renato Azevedo na 3ª Vara Cível do Foro Regional da Penha, em São Paulo. Apesar disso, a Portuguesa pode ser penalizada com perda de pontos, multa e até a exclusão da Série B.
– A Portuguesa não tem culpa de nada. Foi feita uma armação lá atrás, em que a Portuguesa foi prejudicada, porque teve seu resultado de campo cassado, e só estamos buscando os nossos direitos. Agora, se a Portuguesa ficar na Série B, vão ter de marcar outro jogo, porque o ato foi cumprido por ordem judicial. Mas por enquanto estamos na expectativa pelas ações e isso (remarcar a partida) é um problema da CBF. Só olharemos isso se ficarmos na Série B – finalizou José de Almeida.
Fonte: GloboEsporte.com