Principal responsável por validar o gol em impedimento de Márcio Araújo que garantiu o empate em 1 a 1 e o título carioca ao Flamengo, o auxiliar Luiz Antônio Muniz de Oliveira poderia nem estar em campo na decisão do estadual. Esse pelo menos era o desejo da diretoria do Vasco. Em 17 de fevereiro, dia seguinte ao clássico entre os rivais pela fase de classificação, os dirigentes cruz-maltinos protocolaram uma reclamação na Ferj na qual fizeram um pedido especial ao presidente da Comissão de Arbitragem do estado, Jorge Rabello. Os vascaínos queriam a suspensão daquela equipe de arbitragem - marcada pelo gol não validado de Douglas - de todos os futuros jogos do Vasco no Campeonato Carioca de 2014. O bandeirinha mais próximo do lance polêmico era justamente Luiz Antônio.
No documento ao qual o GloboEsporte.com teve acesso, o Vasco descreveu os lances em que teria sido prejudicado e solicitou a "suspensão da equipe de arbitragem e/ou de seus membros, de modo a não serem mais incluídos nos sorteios para os jogos do Vasco no Campeonato Carioca de 2014". Participaram daquele jogo, além de Luiz Antônio Muniz de Oliveira, o árbitro Eduardo Cordeiro Guimarães, o auxiliar Wagner de Almeida Santos, o 4º árbitro Daniel Victor Costa e Silva, e os auxiliares de linha Leonardo Garcia Cavaleiro e Rodrigo Saraiva Castanheira. Na ocasião, apenas Castanheira ficou marcado e foi o único punido - após pressão da Ferj - pelo erro crasso com um afastamento por tempo determinado.
A solicitação foi assinada pelo presidente Roberto Dinamite. No fim de março, o clube novamente entrou com uma nova representação, dessa vez encabeçada pelo vice-presidente de futebol Ercolino de Luca, na qual citava outros erros de arbitragem em jogos contra Flamengo, Fluminense e Bonsucesso, e pedia a escalação de árbitros de fora do estado nas fases decisivas da competição. Mais uma vez a solicitação não foi atendida. Neste meio tempo, a reeleição de Rubens Lopes na Federação do Rio não foi apoiada pelo Vasco.
- As solicitações foram feitas e negadas formalmente. Muito se fala, mas existe um presidente da comissão de arbitragem que deveria responder por isso. Ele não mudou nada e escalou os assistentes que, acredito eu, considerava melhores. Que eu saiba, essa situação de veto a A, B ou C não se pratica no Rio, mas existe um histórico. Gostaria de separar muito bem nesse caso a pessoa física da jurídica. Não tem nada a ver com a Ferj. E sim com quem não sabe receber nossas solicitações (Jorge Rabello). Fomos pedir árbitros profissionais e ele, que se coloca acima do bem e do mal, nos respondeu com ironia. Só peço respeito aos profissionais do Vasco, à instituição. Para ele, o futebol pode ser uma brincadeira. Mas quem trabalha depende disso - resumiu o diretor de futebol Rodrigo Caetano.
Fonte: GloboEsporte.com