Após o erro de arbitragem que culminou com a perda do título do Vasco no Campeonato Carioca, o clube anunciou que tomará providências, como o pedido de anulação da partida, processos contra a FERJ e trio de arbitragem e punição ao goleiro Felipe pelo STJD por conta de declaração polêmica, que roubar é mais gostoso. Em participação no programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440AM, o diretor-executivo Rodrigo Caetano comentou sobre a atitude do clube e revelouque a perda do título foi uma grande frustração em sua carreira:
“Eu certamente gostaria de estar falando de uma outra forma, comemorando um título de direito, mas que infelizmente de fato nos foi tirado. Vários poderes do clube se reuniram e vão tomar essas medidas. Particularmente, minha indignação, minha frustração se resume talvez muito mais no que diz respeito a arbitragem, pelo fato do ocorrido. Estou muito triste, muito frustrado, decepcionado com o ocorrido ontem e também com o que ocorreu em toda a competição, os erros contra o Vasco afetam a questão da regra, não é de interpretação. Quando tivemos aquele lance do Douglas com gol legítimo que não foi validado, ontem um gol ilegal que foi validado não tem discussão, e nem entrar no mérito se o Everton Costa fez falta para expulsão naquele momento, esse é um erro de interpretação ou de discussão, pelo menos. Lamentavelmente eu venho a manifestar minha frustração que fez até eu repensar em relação à profissão e aquilo que a gente vem fazendo, tentando fazer de forma correta e lamentavelmente nos foi tirada essa condição ontem. Pela primeira vez na minha carreira, já são quase 11 anos nessa função, praticamente 14 como atleta profissional, o lado passional falou mais alto. Sinceramente, ao ver meu filho e minha esposa chorando após o jogo, eu me coloquei além de fazer parte do Vasco,me coloquei no lugar dos milhões de torcedores vascaínos pelo Brasil, faltavam 2 minutos para se comemorar um tão sonhado título contra nosso mais tradicional adversário e por um erro que era impossível o assistente não ter visto. Além do jogador estar impedido quase 80 centímetros ainda havia a linha da pequena área para favorecê-lo nessa observação. Nos foi tirada a condição de gritar ‘é campeão’ ontem, e com toda honestidade, sem demagogia nenhuma, foi uma das maiores frustrações que eu tive em toda minha vida como profissional. O Vasco foi campeão de direito e moral por tudo que foi feito nesses 100 dias de trabalho, se eu pudesse pedir algo ao torcedor, que ele se multiplique e use a camisa do Vasco, que o torcedor se orgulhe cada vez mais do que estamos tentando fazer, o resgate da auto-estima do clube.”
Na opinião de Rodrigo, apesar dos momentos difíceis pelos quais o Vasco atravessou, os atletas se esforçaram ao máximo e merecem ser aplaudidos:
“O comparecimento do torcedor na quarta-feira pode ter vários significados, como o apoio a esses jogadores, e me orgulho em liderar não só uma comissão técnica e uma equipe extremamente competitiva, trabalhadora, os atletas e colegas me emocionam, não é fácil depois de tudo o que aconteceu ontem reunir os atletas e dizer que lamentavelmente o futebol experimente um dia de luto e no dia seguinte já coloque outros tantos desafios e não temos o direito de duvidar. Quarta-feira temos um jogo eliminatório e difícil, nosso momento exige e é de se orgulhar, os jogadores atuaram no sacrifício, muitos dos que chegaram esse ano tiveram os problemas dos salários atrasados e nenhum deles em momento nenhum justificou esse tipo de dificuldade como sendo difícil isso ou aquilo, nenhum foi a público reclamar, até porque existe uma união muito grande.É digno de receber aplausos e que seja gritado ‘é campeão’ porque é dessa forma que o vascaíno tem que ver, estamos num processo de recuperação da auto-estima e reestruturação do clube, e esse título seria muito importante. Antes de profissional eu fui torcedor, senti na pele o que é nos tirar o direito de algo que você conquistou. Eu só peço força para poder seguir lutando contra o sistema, contra tudo e contra todos, essa é a história que o Vasco construiu ao longo de sua existência.”
Fonte: Supervasco