Jorge Luiz, Ricardo Rocha e Mauro Galvão elogiam Rodrigo

Domingo, 13/04/2014 - 10:12
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Até para iniciar uma conversa com Rodrigo é preciso desarmar a defesa. De pouco papo fora de campo, o zagueiro é voz ativa só quando a bola rola. O jeitão fechado ("não sou de dar muita risada"), que para os mais íntimos vira motivo de brincadeiras, não é barreira para o jogador de 33 anos ser um dos líderes do Vasco, três meses após sua chegada. O novo xerife faz do currículo sua braçadeira de capitão e, entre sorrisos e cara feia, espera ajudar o time a conquistar um título novamente hoje.

— Sempre tive voz dentro do grupo, mas nunca quis ser capitão. Pela imposição, por botar ordem ali atrás, o pessoal encara como xerife. Mas no dia a dia sou meio fechado — confessa ele.

O perfil lembra características de zagueiros do Vasco que lideraram campanhas campeãs. Pegue um pouco da elegância de Mauro Galvão ("ele era bem técnico"), a virilidade de Ricardo Rocha ("ele marcava mais forte") e o faro de gols de Dedé.

— Tenho um pouco de cada, não? — brinca Rodrigo.

O resultado é um jogador que, além disso, nunca foi prejudicado por lesões musculares — uma fratura no braço interrompeu a passagem pelo Flamengo — e ganhou experiência erguendo troféus por São Paulo, Grêmio. Internacional e Goiás.

A boa campanha da zaga vascaína no Estadual — a menos vazada do campeonato — e a parceria com o jovem Luan lembra duplas vitoriosas: Mauro Galvão e Odvan, Ricardo Rocha e Alexandre Torres, e Dedé e Anderson Martins. O ex-zagueiro Jorge Luiz atesta.

— Todos precisavam de uma referência. Ele tem esse perfil. De liderança e de ensinar os caminhos, antever jogada. Os adversários o respeitam muito — avalia o atual auxiliar técnico da equipe.

Ricardo Rocha diz que Rodrigo caiu como uma luva ao lado de Luan:

— Ele ajuda nas decisões. É fundamental em todo time ter jogadores com esse espírito. Mauro Galvão também é só elogios ao zagueiro:

— Rodrigo chegou num momento difícil e deu tranquilidade ao setor. Ao mesmo tempo a defesa toda também acertou — analisa ele.

Rodrigo sabe que a boa fase traz elogios, e a queda de produção, comparações.

— Se o time não faz gol, lembram do Edmundo. Se a defesa toma muito gol, lembram do Dedé. Quem sabe não ganho um título no começo? Quero construir uma história bacana, se for mais ou menos que o Dedé, que seja a minha — disse ele.

Fonte: Extra