Pedro Valente comenta situação atual do Vasco e elogia demonstração de força da torcida em Manaus

Domingo, 06/04/2014 - 07:32
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O VASCO NÃO É BRUZUNDANGA!

Confesso que já estava meio desanimado por conta desta politicagem absolutamente suspeita e nojenta que tomou conta do nosso Clube e que não tem levado a lugar nenhum.

Nem eleições eles marcam, nem lista de eleitores eles divulgam.

Entretanto dois fatores renovaram nossa vontade de prosseguir na luta com esperança e determinação:

Primeiro, na última reunião desta quarta-feira, do Conselho Deliberativo, que acabou não acontecendo e foi adiada, como prevíamos no último texto publicado “QUESTÕES DE ORDEM”, vários Conselheiros, em função da pauta, vieram a nós, nesta oportunidade em que se discute exatamente a mudança da Carta Magna do Clube, tecer elogios ao DECÁLOGO que publicamos já há algum tempo sobre os atributos administrativos, pessoais e morais indispensáveis ao exercício da Presidência do Vasco.

Segundo, a demonstração extraordinária, dada pela gloriosa e imensa torcida vascaína, no norte do país, lotando a Arena da Amazônia no jogo em que o nosso time de reservas empatou com o modesto Resende, deixando a mídia perplexa, bem como, os fajutos e inconfiáveis institutos de pesquisa, em situação insustentável, ridícula e de nenhuma credibilidade, quando insistem em apontar o Vasco na quinta posição em relação aos grandes clubes brasileiros, em número de torcedores.

Tendo em vista estas duas injeções de ânimo e entusiasmo, adquirimos fôlego para republicar o DECÁLOGO, na derradeira tentativa de que os homens do Vasco que estão elaborando o novo Estatuto o leiam e alguma inspiração de vascainismo e lampejo de moralidade lhes tragam luzes, fazendo proveito de algumas sugestões contidas neste contundente, mas sincero e oportuno trabalho.

DECÁLOGO PARA POSTULAR A PRESIDÊNCIA DO VASCO:

1- Tem que ser vascaíno de raiz, nunca ter torcido ou servido a outro time, isto é “virar casaca”. Não descaracterizar a nossa camisa, nossos símbolos e respeitar nossas tradições.

2- Não comprar votos, o que já demonstra tendência explícita à corrupção.

3- Tem que ter ficha limpa, experiência administrativa, saber se expressar e defender o Vasco como defenderia a própria vida.

4- Servir ao Vasco e não se servir do Vasco. Não roubar e nem permitir que roubem o Clube. Não praticar agiotagem emprestando dinheiro à agremiação, a juros extorsivos.

5- Não colocar parentes para trabalharem direta ou indiretamente no Vasco, mesmo que seja “sem remuneração”, nem permitir que familiares ou membros da administração, explorem lojas e franquias do Clube ou prestem serviços através de suas empresas e escritórios.

6- Obrigação de viabilizar patrocínios de alto nível e formar grandes equipes de futebol, basquete e remo. Ou pedir demissão, irrevogável e irretratável, ao término de 100 dias, juntamente com os dois outros vices administrativos.

7- Não aceitar que o Vasco ganhe nem um centavo a menos nas cotas de TV, que qualquer outro clube.

8- Não permitir que o estádio do Maracanã seja da dupla fla-flu.

9- Exercer, quando for da conveniência do Vasco, o mando de campo em São Januário.

10- Não exercer nem se candidatar a cargo político de vereador, deputado e etc, durante a gestão, para não haver conflito de interesses, ficando o Vasco muitas vezes em plano secundário, a reboque de estratagemas eleitoreiros.

O Vasco é fantástico, como se dizia antigamente, o Vasco é uma potência. Consegue, com a força de sua camisa, ser heróico. Transforma nulidades em gênios da noite para o dia. Temos ao longo de nossa história diversos exemplos. O mais recente é Roberto Dinamite.

Os candidatos que aí estão se apresentando, definitivamente, não representam, de um lado, nenhuma renovação, e do outro nenhuma perspectiva de liderança legítima, independência e dedicação exclusiva ao Clube, já que quase todos, se não todos, já postularam e continuam postulando cargos públicos eletivos, usando o Vasco como trampolim. São mais políticos profissionais que vascaínos de verdade, visando aparentemente seus interesses pessoais.

Não podemos cair mais uma vez no mesmo erro, agora imperdoável, cometido na ascensão de Roberto ao poder, quando nessas circunstancias só restará nos conformarmos com a dura realidade de que o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA será definitivamente transformado numa grande BRUZUNDANGA (com BR de Brasil, como diz a propaganda na TV), onde, na terrível ironia de Lima Barreto, ficção mais atual do que nunca, a Constituição estabelecia que o presidente “devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total”.

Definitivamente, não é disto que o Vasco precisa e muito menos merece neste momento!

Pedro Valente

PS: O Vasco com sua imensa torcida espalhada de norte a sul deste país, colocou mais de 40 mil torcedores na Arena da Amazônia, maior renda entre clubes na história do norte-nordeste brasileiro.

Pasmem, o Vasco teve que pagar até hotel para jogar e nada recebeu, a não ser as passagens aéreas e assim mesmo, segundo um diretor do Vasco, depois da ameaça de não entrar em campo.

Desta forma, ao que parece só quem lucrou foi a GENROTUR, ou coisa que o valha.

Quanto ao árbitro amazonense, segurou o empate, não dando um pênalti a favor do Vasco, que em caso de vitória por dois gols de diferença ficaria com 60% da polpuda renda superior a R$ 2 milhões.

Onde estão os executivos milionariamente remunerados contratados pelo Clube? Pelo “presidente” nem vou perguntar. Nestas horas ele se omite ou declara cinicamente que foi tudo pelo bem do futebol amazonense.

Quem assinou (se é que foi assinado) este “contrato caracu”?

Uma sacanagem sem fim, uma vergonha absoluta!

Fonte: Site oficial de Pedro Valente