A parceria entre Vasco e Penalty sofre uma rejeição cada vez mais forte entre os vascaínos, mas há três meses do término do contrato, um novo uniforme já está sendo elaborado e em fase final de criação e aprovação.
Enquanto torcedores se engajam nas redes sociais até mesmo com sites de repúdio à fornecedora de material esportivo, o traje cruzmaltino da temporada de 2014 é desenhado e protótipos têm sido feitos. A ideia é que ele seja mais limpo e simples. O tipo de tecido também tem sido discutido, uma vez que o modelo atual tem sofrido críticas.
Recentemente, o site "forapenalty" foi criado e, além de exibir uma contagem regressiva para o término do atual contrato, denuncia, com textos e imagens, falhas no acabamento dos uniformes, déficit no fornecimento de material para as divisões de base e para crianças e mulheres, entre outras questões.
No último fim de semana, na vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Fluminense, que garantiu a classificação da equipe às finais do Campeonato Carioca, câmeras flagraram os patrocinadores cruzmaltinos se descolando das camisas dos jogadores (foto no detalhe na manga de Edmilson).
Neste caso, porém, embora torcedores tenham culpado a Penalty pela falha, o diretor-geral do Vasco, Cristiano Koehler, admitiu que isso ocorreu por um procedimento do próprio clube, que fechou novas parcerias recentemente e não teve tempo hábil de receber os uniformes diretamente da fábrica da empresa.
"Não veio da fábrica. Como fizemos inserções de patrocínios recentes e tivemos mudanças na exposição das marcas, como a da Caixa, por exemplo, fizemos isso internamente pois não teríamos tempo. Não é tão simples assim. Tudo tem um prazo. Tem que informar o patrocinador, a empresa precisa enviar a logo para a fábrica da Penalty e a Penalty tem um tempo "x" para fabricar. Se tivermos algum novo patrocínio para a final de agora, por exemplo, nós mesmos é que teremos que colocar", explicou, isentando a empresa de culpa.
O momento atual é de indefinição com relação a parceria. Conversas já aconteceram e há quem diga, nos bastidores de São Januário, que a renovação é praticamente certa, apesar de Koehler não confirmar. O dirigente, aliás, prefere não se aprofundar mais no assunto.
"Não vamos nos pronunciar mais. É um assunto que foi colocado na mídia e que está gerando um desconforto entre as partes. Mas não há nada definido. Estamos atentos ao mercado, a Penalty tem interesse em renovar, mas ninguém disse que ela vai permanecer ou não. A Penalty é nossa parceira hoje e temos que cumprir o contrato. Temos que pensar que, quanto mais a Penalty vender, mais royalties receberemos", destacou.
Paralelamente a isto, outras empresas já fizeram sondagens ao Vasco, mas nenhuma com uma proposta oficial, garante Cristiano:
"Estamos atentos ao mercado, mas não há nenhuma proposta concreta. A prioridade é da Penalty e, se aparecer uma empresa oferecendo um recurso, isto precisa ser apresentado à Penalty", declarou.
A parceria entre Vasco e Penalty foi reeditada em 2009 muito por conta de um acordo. O clube possuía uma dívida de cerca de R$ 8,5 milhões que a empresa cobrava na Justiça. Em troca da quitação dela, um contrato de cinco anos foi assinado. Além disso, foi firmado o direito do Cruzmaltino de receber uma luva de R$ 1,5 milhão e R$ 5,2 milhões anuais, fora uma garantia mínima de R$ 4,5 milhões de royalties pelo período do vínculo. Pelo patrocínio, o Vasco também recebeu benfeitorias, como uma megaloja situada dentro de São Januário.
A assessoria de imprensa da Penalty foi procurada pela reportagem, mas não foi encontrada.
Fonte: UOL