Numa rápida conversa na Zona Sul do Rio, após o almoço, Cristóvão Borges aceitou o convite do técnico do Fluminense, Peter Siemsen, e do vice de futebol Ricardo Tenório. O novo técnico do clube, que assume a vaga de Renato Gaúcho, começa a trabalhar na tarde desta quinta-feira, nas Laranjeiras, com planos ousados: "Quero a Copa do Brasil e o Brasileiro", disse, em entrevista exclusiva ao blog Extracampo.
Qual é a sensação por voltar ao clube onde começou a construir profissionalmente a carreira de jogador?
Estou feliz pra caramba. Estou muito contente porque estava querendo muito isso quando saí do Bahia, em dezembro, após o Brasileiro. Eu estava precisando de um desafio como esse. Foi no que apostei. Fiquei esperando isso. Caminhei para algo assim, pois tinha que fazer uma aposta maior.
Após quatro meses afastado, está otimista? Você já tinha sido cogitado no clube outras vezes...
O desafio me atrai muito. Estou motivado e confiante. Antes de levarem o Renato (Gaúcho), quase deu para eu ir. E, também, antes do Vanderlei. Essa foi a terceira tentativa. Eu estava no Bahia, com contrato, e não podia sair.
Como foi sua passagem pelo Fluminense, como jogador?
Eu cheguei com 20 anos de idade, quando assinei meu primeiro contrato de profissional. Fiquei lá três anos, de setembro de 1979 até 1983, quando o Fluminense trouxe o Washington e o Assis. Foi uma troca. Eu, Zezé Gomes e Cândido fomos para o Atlético-PR, emprestados. No Fluminense, comecei a carreira de jogador. Depois, voltei com o Ricardo, como assistente, em 2004. Agora, volto como treinador. A sensação que sinto no Fluminense sempre é a de que estou em casa. Ali, fui campeão carioca em 1980.
Qual será a sua comissão técnica?
Levarei o Rodrigo Poletto (preparador físico), o Cassiano de Jesus (auxiliar técnico) e o Marcos Leme (preparador de goleiros).
Assinará por quanto tempo?
O prazo ainda será discutido.
O Fluminense perdeu o primeiro confronto para o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1. Ainda é possível sonhar com a classificação?
Ficou uma diferença que pesa, mas o time tem qualidade e experiência para conseguir essa classificação. De imediato, nosso objetivo é esse.
É seu maior desafio?
Dirigi o Vasco em competições duras... Libertadores, Sul-Americana, dois Brasileiros, dois Cariocas... Foi uma experiência boa. O Vasco me preparou bastante para uma sequência na carreira... Como o Fluminense é um grande clube, essa será uma grande oportunidade, e quero muito fazer um bom trabalho...
Quais são os seus sonhos para o Fluminense?
Com os jogadores de alta qualidade que o clube tem, espero conquistar títulos. Quero a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Dá para sonhar, sim, pois vamos ter tempo para trabalhar por isso.
Indicou reforços?
Não conversamos sobre isso.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online