Bastou Adilson Batista assumir o comando técnico do Vasco para Edmilson virar peça intocável no time. Desde o fim de outubro, não houve um jogo sem a presença do atacante. A maratona de 24 participações consecutivas (sete no Brasileirão 2013 e 17 este ano) será interrompida nesta quinta, contra o Resende, pela estreia da Copa do Brasil, quando a equipe só terá reservas. Tudo para que o goleador do Campeonato Carioca esteja pronto para pegar o Flamengo no primeiro duelo da final, no domingo.
O único jogador de linha entre os principais clubes do país na mesma situação é o zagueiro Titi, do Bahia. Há casos como Luan, do Grêmio, que fez 18 partidas na temporada - uma a mais que o camisa 7 cruz-maltino por estar na disputa da Libertadores. Enquanto isso, o foco é cada vez maior no título. A ponto de Edmilson evitar o assunto artilharia nessa terça-feira, mudando o discurso que, antes, gerava ansiedade pelo objetivo pessoal.
- Não estou pensando na artilharia, estou pensando no título mesmo, porque a expectativa é muito grande. Por tudo que passamos. Muitos não acreditavam e chegamos numa final. A artilharia eu vou esperar definir o campeonato - minimizou.
O feito da sequência do atacante é ainda mais relevante diante da concorrência de Thalles, cuja empolgação da torcida em torno de sua escalação tem sido freada por Adilson. Por isso, mesmo com uma torção no tornozelo esquerdo sofrida na rodada anterior, fez questão de entrar em campo frente ao Bonsucesso, no dia 9 de março. E quando foi poupado, diante do Volta Redonda, também na fase de classificação da Taça Guanabara, ainda entrou na parte final do jogo.
- Fico muito feliz e lisonjeado por essa sequência tão grande. Lembro que tive uma sequência ainda maior no Japão, com 32 partidas sem sair. Assim como naquela época, estou muito bem fisicamente e contente de poder ajudar o Vasco. Essa marca mostra que o time e o treinador podem confiar em mim - disse o atacante.
Perto de fazer 32 anos, finalmente Edmilson ganha notoriedade no futebol brasileiro. Ele até coleciona uma boa passagem pelo Palmeiras antes de ganhar o Oriente, muito jovem, e construir sua independência financeira. A motivação de ser reconhecido e reerguer o Vasco no momento de dificuldade é um prêmio que considera o de maior valor na carreira.
- Se vier esse título, vamos pensar em tudo o que passou no ano passado. Reerguer o Vasco, clube grande e de tradição. Mas não tem nada ganho contra o Flamengo. Serão jogos dificílimos que temos condições de ganhar. Ganhamos respeito. Está tudo nivelado - aposta.
Fonte: GloboEsporte.com