Artilheiro do campeonato carioca, o vascaíno Edmílson foi apelidado pela parte mais empolgada da torcida vascaína de Edmito, por conta de sua boa fase. Com dez gols no carioca, o atacante comemora a boa fase e comenta como vai ser enfrentar Diego Cavalieri, seu amigo próximo desde 2003 quando foram companheiros no Palmeiras.
Depois de sofrer com o rebaixamento do Vasco no ano passado, 2014 tem sido prolífico para este baiano nascido há 31 anos em Salvador. Ele vibra com o reconhecimento dos cruzmaltinos com e explica porque todos os gols que fez no campeonato foram dentro da área.
-Pela grandeza que tem o Vasco, adquirir esse respeito para mim é muito gratificante. Foi duro, com muita luta e muito trabalho. Acho que esse ano está melhor pela sequência de jogos que me deu confiança. Eu queria mostrar que eu tenho meu valor e tenho potencial. Depois de 31 anos de idade a gente vai pegando essas manhas ali dentro da área, procura se posicionar bem, para a bola chegar e estar bem atento e fazer os gols – conta Edmílson.
Um dois dez gols foi justamente sobre o adversário de hoje. Ele marcou contra no clássico contra o Fluminense em cima do grande amigo Diego Cavalieri. A amizade começou há dezessete anos atrás quando Edmílson deixou a Bahia para jogar nas categorias de base do Palmeiras e foi acolhido pela família Cavalieri.
- No segundo dia que cheguei lá ele me acolheu. Foi na casa dele que pela primeira vez eu comi um bolo de cenoura na minha vida, nem sabia que existia. Dormi lá, jogava game e quem perdia passava por baixo da mesa. É meu irmão, irmão mesmo. Ele é padrinho da minha filha, sou padrinho de casamento dele. A mãe dele me chama de filho até hoje e me mandou uma mensagem outro dia que dizia: "te amo, meu filho, tô com saudade de você” – revela o baiano.
A amizade com Cavalieri vai ficar fora do campo, mas se Edmílson balançar as redes novamente, a resenha com certeza vai ficar mais divertida.
- Dentro de campo é outra situação, vou defender o Vasco, ele vai defender o Fluminense, que vença o melhor e espero que seja o Vasco. No jogo passado quando eu chutei a bola que ele espalmou e bateu na trave ele falou para mim assim: “Edmílson, se você faz aquele gol, eu não ia aguentar você falar no meu ouvido de novo, não.” É muito legal ter um amigo na Seleção, feliz pelo momento dele, espero que ele vá pra Copa também, até pra arranjar uns ingressos pra gente, né? – brinca o vascaíno.
No palco da final da Copa o sucesso de um será a frustração do outro. Para o Vasco voltar a uma final de carioca depois de dez anos e o “Edmito” mostrar que é mais do que apenas um ídolo passageiro.