Elton, 2º maior artilheiro do Vasco no século 21, diz que fama de jogador não vale em campo

Domingo, 30/03/2014 - 13:51
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A bola não escolhe o jogador mais bonito, mais famoso, muito menos mais rico na hora do gol. Ela retribuiu a quem lhe trata bem. Por isso Edmílson, que ressurgiu agora para o futebol brasileiro, entra em campo hoje em igualdade de condições com Fred, atacante da seleção, para decidir se é o Vasco ou o Fluminense que disputará a final do Estadual. O tricolor tem a vantagem do empate no duelo das 16h no Maracanã, depois do 1 a 1 na quinta-feira. O cruzmaltino precisa vencer para passar.

Os dois atacantes apresentaram suas credenciais. De um lado, a arma de Edmílson é ser um dos artilheiros da competição, com dez gols. Fred tem apenas cinco, mas ficou fora de alguns jogos por lesão. Na hora da decisão, porém, o centroavante não decepcionou e deixou sua marca no último encontro. E tem títulos muito mais importantes, como Carioca, Brasileiro, Copa América e Copa das Confederações.

— Bem preparado fisicamente, ele faz a diferença, como sempre fez. Se a zaga do Vasco não estiver atenta, pode ter certeza de que ele vai decidir — acredita o ex-jogador Washington, o Coração Valente ,que defendeu o clube em 2008 e 2010.

Segundo maior artilheiro do século 21 no Vasco, com 52 gols, Elton ajudou o Vasco a voltar à elite em 2009 e depois disputou posição com Alecsandro, que tinha mais grife, mas ficou no banco. Ele lembra que a fama do jogador não vale em campo.

— Isso não ganha jogo, o que vale é dentro de campo. Os jogadores sabem disso, todo mundo se respeita — garante Elton, que brilhou no Vasco depois de chegar ao clube desconhecido, vindo do Santo André.

O atacante, que brilha hoje no Al-Nassr, da Arábia Saudita, afirma que no Brasil é cultural valorizar mais atacantes que tem nome.

— Acho que existe um pouco disso sim, é da cultura do futebol brasileiro. Mas a melhor resposta é sempre dentro de campo, com a bola no pé — atesta o jogador.

Com a bola no pé, Edmílson leva vantagem em relação a Fred na estatística. E a fase, no momento, é melhor. Se os números também não vão entrar em campo, podem garantir uma tendência.

— As bolas estão entrando. Isso na vida de um centroavante é fundamental. Não pode deixar ele receber em condições de finalizar senão ele vai marcar — alerta Washington sobre a boa fase do vascaíno. No fim, só um ficará com a bola toda.

Fonte: Globo Online