Se a Portuguesa nos últimos meses chegou a falar firme sobre a luta pela permanência na Série A do Brasileirão, isto ficou para trás. Em evento de inauguração da sala de imprensa do CT lusitano, na tarde desta quinta-feira, o presidente Idílio Lico disse que uma última reunião com o departamento jurídico definirá a posição do clube sobre a possibilidade de entrar ou não na Justiça comum. Mas mostrou-se temeroso com a drástica decisão.
- Estamos falando com vários amigos, pessoas que estão nos orientando, e às vezes não podemos fazer aquilo que a gente gostaria. Temos de repensar as coisas. Às vezes falamos de forma precipitada. Algumas coisas aconteceram no meio do caminho e a gente repensa. Não é tudo como a gente quer, é o que a gente pode. Vamos tomar a decisão final - afirmou ele, sobre um encontro que deve acontecer no início da próxima semana.
Na última segunda-feira, Ilídio se encontrou com o José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, na sede da entidade estadual. Ele, porém, garante que não tem sido intimidado a recuar.
- Não (sofri pressão). Sou sempre bem recebido pelo José Maria Marin, e o mesmo ocorre com o Marco Polo. Eles têm suas responsabilidades, eu também tenho as minhas, tenho que respeitar - disse, sobre as outras prioridades da dupla, como a Copa do Mundo.
O grande medo do dirigente, porém, é que o clube sofra sanções da Fifa caso entre na Justiça Comum contra uma decisão desportiva. Por conta disso, o planejamento atual é mesmo para a disputa da Série B, na qual o clube estreia contra o Joinville, no dia 18 de abril - ao menos na tabela já divulgada pela CBF.
- Eu estava muito otimista com os acontecimentos no início, com as liminares, mas hoje não estou tão otimista, temos que repensar. Como presidente, tenho de fazer o melhor para a Portuguesa. O Conselho me deixou à vontade para decidir. Estou sendo muito pressionado por torcedores. Para mim seria muito mais fácil entrar na Justiça comum, porque aí eu teria apoio total. Se eu não entrar, tenha certeza que não terei o apoio total. Mas falei com muitos especialistas no assunto e chegamos à conclusão que, às vezes, podemos perder tudo e não mudar nada - disse ele.
Questionado, o presidente disse não estar inteirado sobre o caso de Matheus Índio, atleta do Penapolense escalado de forma irregular no Campeonato Paulista. O clube do interior é semifinalista do Paulistão e, até o momento, não sofreu punições.
Fonte: GloboEsporte.com