Rodrigo Caetano volta a ser disputado entre Vasco e Fluminense; Gremistas elogiam diretor e Eurico não comenta

Quinta-feira, 27/03/2014 - 09:39
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Um homem tem sido alvo de disputa no futebol carioca nos últimos anos e tido como solução para os mais diversos problemas dos clubes. Discreto na carreira como meia, o diretor executivo Rodrigo Caetano conta com prestígio em Fluminense e Vasco, que já brigaram nos bastidores por seu trabalho e devem reiniciar a concorrência em breve. Os clubes são rivais no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Carioca, às 21h desta quinta-feira, no Maracanã. Mas será que o pivô da disputa da dupla vale mesmo tudo isso?

Quem já trabalhou com Rodrigo Caetano diz que sim. O atual diretor executivo de futebol do Vasco foi eleito em 2012 o melhor dirigente daquela temporada, na qual foi campeão brasileiro pelo Fluminense, Brasil Sport Market, em parceria com a Pluri Consultoria e Trevisan.

O reconhecimento do mercado é comemorado pelo ex-presidente do Grêmio, Paulo Odone, responsável por sua chegada ao clube em 2005, nas categorias de base do time gaúcho. O cartola confessou que até mesmo tentou trazê-lo de volta em 2011, quando voltou à presidência da equipe, mas não conseguiu tirá-lo do Vasco.

"O Rodrigo é um belo profissional, acho que ele é responsável por essa fase de tanta valorização dos executivos do futebol. É muito bom na organização dos profissionais. Chamei ele para o Grêmio em 2005 para organizar as categorias de base, com profissionais, equipamentos. Depois o levei para o profissional, onde foi muito bem também. Nos tirou da segunda, ajudou no CT, enfim", disse Odone ao UOL Esporte.

"Ele foi uma mão na roda. Uma modernização dos ditos diretores executivos de futebol. Olhava um pouco menos o time em campo e mais a estrutura. Acho ele excepcional. Queria trabalhar com ele. Quis trazer ele de volta quando voltei ao Grêmio, mas ele estava concentrado em resolver problemas pelo Vasco na época", complementou o ex-mandatário gremista, que ainda deu um pitaco sobre as preferências do dirigente no Rio.

"Acho que ele tem uma paixão ligada ao Vasco, se sente bem lá, e o lado profissional muito ligado ao Fluminense", afirmou.

Enquanto goza de toda confiança no Vasco, Rodrigo Caetano divide opiniões no Fluminense. Ainda assim, seu nome voltou a ganhar força nos últimos dias. O dirigente não teve seu contrato renovado no fim do ano pelo presidente Peter Siemsen após o fiasco no Campeonato Brasileiro, mas ainda conta com muito prestígio com o mandatário da parceira Unimed Rio, Celso Barros.

E isso pode ser o suficiente para que Rodrigo Caetano reapareça no Tricolor em breve. Celso Barros é conhecido nas Laranjeiras por fazer valer suas vontades no clube. No começo do ano, o diretor contratado por Peter durou apenas quarenta dias no cargo por não contar com o apoio do presidente da Unimed Rio. E, com o cargo vazio, o caminho está livre para que o empresário traga de volta seu cartola favorito.

Uma coisa é certa: Rodrigo Caetano é capaz de receber elogios até mesmo de um conhecido desafeto. O hoje diretor executivo do Flamengo, Paulo Pelaipe, tem no seu histórico uma relação ruim com o cartola do Vasco dos tempos que trabalharam juntos no Grêmio. Mesmo assim, elogios não faltaram.

"Sou suspeito para falar sobre o Rodrigo. É um cara correto, sério, uma excelente pessoa. Eu o lancei no Grêmio e estou muito feliz pelo sucesso dele. Ele fez um grande trabalho no Grêmio, depois no Vasco, Fluminense e agora retornou ao Vasco. Só posso desejar sucesso para o Rodrigo", disse Paulo Pelaipe.

Prestígio no Vasco, mas sem garantias futuro incerto

Mesmo tendo sido contratado no começo do ano, Rodrigo Caetano não tem nenhuma garantia de sequência no Vasco. O clube passará por eleição neste ano (ainda sem data marcada) e a entrada de um novo presidente pode mudar o atual cenário de prestígio.

Das quatro chapas concorrentes na eleição, em pelo menos duas Rodrigo é elogiado e deve ser mantido em caso de vitória: as de Nelson Rocha e Roberto Monteiro. Na criada pelos conselheiros do clube, que tem como candidato o coronel Tadeu, ainda não houve manifestação a respeito. Apontado como um dos que não gostariam de manter o cartola, Eurico Miranda evitou falar sobre o assunto.

"Isso [opinião sobre o Rodrigo Caetano] é um problema meu. Eu não quero externar absolutamente nada em relação ao Rodrigo Caetano", disse Eurico Miranda, com sua já conhecida personalidade.

Em 2012, Rodrigo deixou o Vasco rumo ao Fluminense prestigiado com a torcida, mas com relação desgastada com Roberto Dinamite. Porém, durante todo o período que ficou longe de São Januário, seu retorno foi pedido com insistência pelos vascaínos. O dirigente, por sua parte, sempre confidenciou aos mais próximos a vontade de retornar à São Januário.

Este retorno acabou acontecendo este ano e ele já goza de bastante prestígio novamente, tanto com os torcedores quanto com a diretoria e os jogadores. Embora tenha muito mais problemas e limitações que no período do Fluminense, ele mostra se sentir a vontade no Vasco.

Fonte: UOL