O título que não é conquistado desde 2003 é a saída para o Vasco fechar o Estadual no azul. Aliada a uma expectativa de renda maior com a disputa de partidas decisivas no Maracanã, a premiação de R$ 3,5 milhões oferecida ao campeão pela Federação de Futebol do Rio (Ferj) será usada em parte para pagar uma eventual premiação aos jogadores — que convivem com dois meses de salários atrasados.
A expectativa é quitar janeiro antes da partida de volta com o Fluminense, domingo. Se for garantida a classificação à final, o Vasco já tem R$ 1 milhão previsto para o vice-campeão. Mas esse alento não seria suficiente. Isso porque a Ferj tirou do clube cerca de R$ 2,5 milhões referentes a cotas de televisão para compor a premiação do Estadual — o Flamengo sofreu confisco semelhante.
Sobraria para os jogadores R$ 1 milhão para repartir. Os rendimentos com receita de bilheteria iriam para os cofres do Vasco, que teve prejuízos atuando pouco em São Januário no começo da temporada.
O clube chegou a um acordo com o consórcio Maracanã S/A e o Fluminense e cada time ficará com parcela igual da renda líquida de cada jogo da semifinal.
Há um escalonamento proporcional ao público e a presença dos torcedores será determinante para um lucro maior em relação ao consórcio. A expectativa inicial para a partida de amanhã, no entanto, não é animadora: 20 mil torcedores. As vendas continuam.
— Vão ser 180 minutos de um confronto igual, temos que reverter a vantagem. Mas não há pressão pela conquista, nem de minha parte nem da diretoria. Isso nos motiva a tentar presentear o torcedor — disse o técnico Adílson Batista sobre os dois jogos com o Fluminense.
A pressão nas finanças é enorme. A boa notícia é a estreia contra o Resende na Copa do Brasil confirmada na Arena Amazônia. Se eliminar a volta, o Vasco fica com 60% da renda em partida que promete 40 mil pagantes a preços entre R$ 60 e R$ 140 na arena da Copa do Mundo.
Até abril, o clube precisa pagar os impostos em aberto na Receita Federal para garantir o recebimento da terceira parcela do patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Fonte: Extra Online