A Federação Internacional de Voleibol pediu para a CBV (Comitê Brasileiro de Voleibol) prestar um suporte ao Haiti no desenvolvimento dos trabalhos de vôlei no país. O programa de qualidade é fundamentado em ensinar o voleibol para as crianças mais jovens. Os recursos da Federação estão direcionados para a parte social e esportiva.
Para atender ao pedido, a entidade realizou uma convocação de profissionais brasileiros. Um dos que foram convocados foi o treinador das categorias infantil e mirim do Vasco da Gama, Maurício Barros.
- Houve essa convocação da Confederação. Eu e o gerente do Viva Vôlei fomos ao Haiti iniciar essa conversa. Tivemos que apresentar o programa, como seria a capacitação e o que é o voleibol. Mostramos o voleibol para as crianças. Também começamos a ver local onde os trabalhos possam ser realizados – disse o treinador.
O Haiti desde sua independência foi marcado por guerras civis. Depois do terremoto de 2010, que abalou demais sua capital Porto Príncipe, as coisas pioraram muito.
- Como é um país que está com a sua capital destruída, tudo é muito difícil. Apesar disso, acredito ser possível capacitar os amigos daquela comunidade. Há sempre um que pode fazer o trabalho de monitor esportivo. Essa primeira ida ao Haiti foi para ver a realidade e encontrar uma forma de desenvolver o trabalho. Esperamos que seja um trabalho que renda frutos – declarou Maurício.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) está construindo um gigantesco polo esportivo para desenvolver os esportes olímpicos e ajudar a reconstrução do país através do esporte.
Cada Federação terá que desenvolver seu esporte no local. A FIVB (Federação Internacional de Voleibol) estará financiando o desenvolvimento do voleibol no Haiti através de treinamentos e capacitação de pessoas. Maurício vivenciou a realidade no país e participou de reuniões do Comitê.
-Eu sou o professor capacitador da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) e faço isso por todo o Brasil. Ensino os professores brasileiros a trabalharem as crianças e jovens no Programa Viva Vôlei da CBV. Fui convocado a participar dessas reuniões no Haiti devido ao meu trabalho – declarou.
Com a destruição da sua capital, muitas crianças ficaram órfãs de pai e mãe. O Haiti sofre muito com o tráfico de crianças para o exterior. A ONU, Organização das Nações Unidas, iniciou campanhas humanitárias em Porto Príncipe. Maurício ficou bastante emocionando quando se deparou com a situação do local.
- A situação no Haiti é deprimente. As pessoas que perderam suas casas estão morando em "barracas". Essas não possuem a menor estrutura de sobrevivência. Não possuem higiene, água e luz. Eles também não possuem comida e dignidade - relatou.
A ONG carioca Viva Rio está fazendo um trabalho de hotelaria no país. O objetivo é formar profissionais para servir a rede de Hoteleira. Por ser um a região caribenha e que possui água cristalina, o Haiti é muito forte no ramo turístico. O comandante do vôlei vascaíno esteve também na Academia de Futebol dos Pérolas Negras, cujo a ONG é responsável.
- Os alunos são selecionados. São cerca de 80 crianças, que deixam suas casas e seus problemas. Em casa eles não possuem comida e tampouco educação. Eles passaram a viver num ambiente graças ao projeto e só vão para casa no final de semana. A grande maioria não quer nem voltar para casa. Lá eles têm moradia e aulas para que os ajudam a ter uma educação de qualidade – disse Maurício.
Essa foi a primeira ida do treinador ao Haiti. O projeto dos profissionais de voleibol ainda espera a resposta da Federação para ser executado de fato. O Comitê Olímpico Internacional e a Federação Internacional de voleibol irão convocar novamente os professores para uma nova apresentação no país.
Fonte: Site oficial do Vasco