Goleiro Elinton, hoje no Duque de Caxias, reencontra o Vasco após 9 anos

Sexta-feira, 21/03/2014 - 21:36
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Precisando de praticamente um milagre para se manter na elite do futebol do Rio de Janeiro, o Duque de Caxias terá pela frente o Vasco, em São Januário, no próximo domingo, para lutar pela permanência na Série A do Campeonato Carioca. Além de todos os ingredientes que tornam a partida de extrema importância para o Tricolor da Baixada, o confronto será especial para um jogador especifico. Demitido da equipe cruz-maltina em 2005, após uma derrota histórica para o Atlético-PR por 7 a 2, o goleiro Elinton Andrade, agora no Duque, vai reencontrar o ex-clube após nove anos. (Relembre a partida no vídeo abaixo).

Sem guardar mágoas, o arqueiro comentou o imbróglio e afirmou que ainda sonha em retornar ao time de São Januário para "mostrar" tudo que aprendeu atuando na Europa, quando defendeu as cores do Olympique de Marselha, da França, e conquistou títulos.

- Não tenho mágoa nenhuma do Vasco. Foi um clube que me abriu as portas no cenário nacional. Por mais que eu tenha passado por Flamengo e Fluminense, no Vasco eu tive a oportunidade de aparecer. Positivamente ou negativamente, por causa daquele jogo contra o Atlético-PR. Mas me lembro que antes do jogo, que todos diziam que o Vasco, depois de tanto tempo, tinha achado um goleiro. Não fui o primeiro a ir mal e não serei o último. Que bom que aconteceu comigo e eu tive forças para continuar na luta. Creio que vai ser um grande reencontro. Mas preciso dizer que até pelas coisas do destino, eu tenho comigo que eu até possa voltar um dia. Por que não voltar um dia e mostrar tudo que eu aprendi na Europa? - disse Andrade.

Recordando a passagem pelo Vasco, Elinton Andrade explicou os acontecimentos que se sucederam após a goleada sofrida para o Atlético-PR. O jogador, inclusive, fez questão de agradecer ao ex-jogador Romário, um dos responsáveis por levá-lo ao clube na época.

- Na época, tenho certeza que o que pesou foi o fato de ser goleiro. Na história do futebol o goleiro sempre leva o pato. E naquela época o Romário me levou para o Vasco. Isso até me ajudou politicamente por se tratar do Romário. Mas lembro que sempre diziam que o "amigo do Romário" ia bem, nunca o Elinton. Era o amigo do Romário que ia bem. E quando ia mal, na hora da pancada, eu não era visto mais como jogador, e sim, como o amigo de praia do Romário. Não sei se eles tentaram atingir o Romário com isso. Eu tenho maior orgulho de ser amigo dele. É um cara que me fez chorar em 1994, quando o Brasil foi campeão. Sempre que eu posso, eu agradeço tudo que ele fez por mim. E eternamente vou agradecer - declarou.

Fonte: GloboEsporte.com