A cúpula da CBF considerou a proposta do Bom Senso F.C. para mudar o calendário brasileiro descabida e utópica e não vê chances de que vá adiante.
Na avaliação de José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, as sugestões do movimento que reúne mais de mil jogadores de futebol tiveram pouca repercussão na mídia e não podem ser consideradas viáveis. Para a CBF, faltou dizer quem vai pagar a conta pela criação de uma Série E.
José Maria Marin chegou a comentar que é fácil sugerir a criação de uma nova divisão sem a apresentação de um plano mais detalhado, inclusive do ponto de vista financeiro.
Para ele o movimento perdeu muita força, especialmente depois de ameaçar, ameaçar, ameaçar e ter recuado na discussão de parar o Brasileiro ou os Estaduais como forma de protesto.
A saída de Paulo André para o futebol chinês também teria esvaziado o Bom Senso. Já a presença de Rogério Ceni no grupo é vista com bons olhos por Marin, que é fã do goleiro. Para o presidente da CBF, Ceni, como homem de confiança da diretoria são-paulina e de Carlos Miguel Aidar, candidato à sucessão de Juvenal Juvêncio no Morumbi, é interlocutor bem melhor que o zagueiro. Não custa lembrar que Aidar, que deve ser o novo “patrão” de Ceni a partir de abril, tem atuado como advogado da CBF…
Marin acha também que boa parte dos torcedores não está nem aí para o Bom Senso, que seria visto como um agrupamento de jogadores que ganham muito e estariam querendo atuar menos, garantir seus salários e aumentar o período de férias.
Dirigentes de federações tampouco gostaram da proposta de mudar e esvaziar os Estaduais, o que é festejado por Marin e Del Nero.
Uma pena, mas a reação dos dirigentes já era esperada. Inclusive em relação ao chamado fair play financeiro. Há tempos eles têm tentado ignorar o Bom Senso. E parece que venceram as primeiras batalhas. Resta saber como o movimento vai se posicionar daqui em diante. Tudo como dantes no quartel de Abrantes?
Fonte: Blog Bastidores Copa e Olimpíada - Lancenet