Ex-companheiro de Bellini, Pepe lamenta morte do ídolo vascaíno

Quinta-feira, 20/03/2014 - 20:56
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A morte de Bellini no final da tarde desta quinta-feira já comove ex-companheiros do ídolo. Campeão das Copas do Mundo de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile, sob a batuta do capitão, a lenda santista Pepe exaltou o poder de liderança do zagueiro na conquista do bi com a Seleção Brasileira e lamentou o falecimento do amigo que sofria de Mal de Alzheimer desde 2011.

- Estou muito triste, embora fosse uma notícia que a gente já esperava. A gente sabia que ele estava mal. Depois que ele parou, perdemos o contato. Como ele vinha doente há um tempo, a gente se via em uma ou outra ocasião apenas... Ele continuava um cara forte fisicamente, mas a mente já não estava boa - declarou Pepe.

Maior jogador 'humano' da história do Santos, já que considera Pelé um extraterrestre, o Canhão da Vila afirma que o poder de liderança era a característica mais marcante de Bellini dentro das quatro linhas. Foi como capitão que o zagueiro imortalizou o gesto de erguer a taça Jules Rimet, ato que passou a ser imitado por todos capitães desde então.

- Foi embora um grande campeão, um grande líder. Ele tinha uma liderança muito boa sobre os demais. Tinha uma força interior muito grande também. Podíamos contar com ele a qualquer momento. Era um companheiro, não se acanhava de falar. E jogava no bumba meu boi mesmo. Preferia jogar assim do que inventar e fazer bobeira - elogiou.

A liderança de Bellini, no entanto, não era sinônimo de mau humor ou soberba. Segundo Pepe, o capitão tinha ótimo relacionamento com os jogadores mais jovens e, ao mesmo tempo, era respeitado pelos treinadores.

- Apesar de ser líder, gostava muito de brincar, principalmente com os mais jovens. O Almir Pernambuquinho, inclusive, teve ele como padrinho de batismo (de acordo com Pepe, o ex-atacante não havia sido batizado quando criança e resolveu chamar Bellini para apadrinhá-lo já adulto). Era um cara de identidade muito forte. Quando os treinadores tinham dúvida, consultavam ele, porque era muito respeitado.

Fonte: Lancenet