O último jogo do Vasco pelo Campeonato Carioca foi marcado pelas vaias ao técnico Adilson Batista. A atitude, porém, acabou gerando uma situação emblemática e que simbolizou bem a relação construída entre o elenco e o treinador, quando os jogadores o escoltaram até a entrada do vestiário. O gesto é resultado, principalmente, da coerência e dá oportunidade que o comandante vem dando aos atletas.
Nesta temporada, por exemplo, praticamente todos os jogadores do grupo atuaram ao menos uma partida, tirando o lateral-esquerdo Lorran, o terceiro goleiro Jordi e o apoiador Jhon Cley, que está lesionado desde o início de 2014.
"No sexto jogo a gente mesclou bem e já deu oportunidades para quem não vinha jogando. O time já tem um padrão, um sistema. E procuro ser justo e coerente dentro daquilo que fizeram no jogo e em treinamento. O atleta já sabe que vai atuar, que vai iniciar o jogo ou não.", explica o treinador.
De fato, Adilson tem sido convicto em suas formações. O esquema tático varia entre o 4-4-2, usado nove vezes, e o 4-3-3, aplicado em quatro oportunidades. Sendo que, quando escala três atacantes, opta pelos já polêmicos três volantes, tão contestados pelos torcedores, mas que dão mais consistência à marcação.
"É importante esclarecer e deixar bem claro que um padrão existe. Temos uma linha de quatro de zagueiros bem definida. O meio também está definido, com mudanças pontuais dependendo do esquema. O esquema começou de um jeito no início do ano, mas teve que mudar em função de um 10 (Douglas).No ataque entra pontualmente esse ou aquele jogador para ajudar o Edmilson", analisa.
No dia a dia, Adilson também tem levado bem o grupo a base da conversa. Mesmo com o jeitão caipira e, por vezes bronco, gosta de contar histórias e se mostra flexível, como no caso do goleiro Martin Silva, que teve problemas no nascimento de sua filha e foi liberado sem tempo determinado de retorno.
Na pré-temporada, participou de peladas contra a imprensa que o ajudaram a estabelecer uma relação com os demais funcionários da comissão técnica vascaína, já que quando acertou com o clube, trouxe apenas o auxiliar Gustavo Nicoline, que cuida mais da parte de estatísticas e vídeos.
Um dos mais experientes do grupo, Edmilson é só elogios ao comandante:
"O Adilson é um treinador excelente, muito profissional e dedicado. Como pessoa, ele é sensacional. Joguei contra ele no Japão e não mudou nada. É uma excelente pessoa e cobra quando tem que cobrar, mas só deixa a gente mais confiante".
Confira abaixo o número de partidas de cada atleta:
Goleiros:
Martin Silva – 9
Diogo Silva – 4
Zagueiros:
Rafael Vaz – 5
Rodrigo – 10
Luan – 12
Jomar – 1
Laterais:
Henrique – 3
Diego Renan – 8
Marlon – 6
André Rocha – 11
Volantes:
Guiñazu – 10
Fellipe Bastos – 11
Aranda – 10
Danilo – 3
Pedro Ken – 10
Apoiadores:
Montoya – 8
Dakson – 1
Bernardo – 10
Douglas - 6
Atacantes:
William Barbio – 10
Thalles – 8
Everton Costa – 4
Reginaldo – 5
Edmilson – 13
Quem ainda não jogou:
Jordi, Lorran e Jhon Cley
Fonte: UOL