No planejamento do Vasco, o processo de reconstrução nos últimos 60 dias passou por um rodízio de oportunidades no elenco que chega ao fim justamente no momento decisivo, e de pressão por parte da torcida. Depois de vaias a jogadores e até gritos de burro ao treinador, Adílson Batista encerrou as observações e vai com o que tem de melhor a partir de agora.
Confirmada a classificação à fase semifinal, a ideia é manter a mesma equipe, em campo e no banco de reservas. Nas arquibancadas, o apelo é mais uma vez por paciência. O diretor Rodrigo Caetano pede um voto de confiança e usa o avanço em dois meses de trabalho como argumento, mas entende a irritação da torcida.
— Ela não está impaciente com esse momento. Tem o seu motivo por conta de 2013. Natural ter uma tolerância menor. Temos que pedir mais paciência, é difícil sim, mas entenda que o momento para nós que chegamos é de reconstrução. Requer tempo — explica o dirigente, completando:
— Conseguimos montar um elenco até acima do que se previa. Com as dificuldades, houve um avanço. O Vasco tem que buscar melhorar ainda. E o torcedor vai ter que abraçar o time. São dois meses de reconstrução — destaca Rodrigo Caetano.
Depois do empate com o Bonsucesso, o técnico Adilson Batista se mostrou resignado com os protestos da torcida, mas se manteve confiante no trabalho que vem sendo feito.
- Já estou acostumado. Eu e vários outros treinadores. Muita gente já foi criticada. Faz parte da nossa cultura. Tenho que ter calma nesse momento. Discordo de algumas coisas, de alguns gostos. Eu estou no dia a dia, vivencio o trabalho e sei o que estou fazendo. Fizemos um ótimo jogo, mas é claro que o resultado não nos deixou satisfeitos. Temos que relevar. Nós agimos com a razão -, disse o treinador do Vasco.
Fonte: Extra Online