A torcida do Vasco não esperou o final do jogo deste sábado para cobrar Adilson Batista. Parte do público presente em São Jauário perdeu a paciência com o treinador por conta da demora em colocar Thalles. O jovem, responsável pela assistência que decretou o empate por 1 a 1, só entrou depois que a equipe sofreu o gol do Bonsucesso, na metade do segundo tempo.
Questionado sobre o assunto, ele respirou e inicialmente lembrou que outros profissionais, inclusive alguns com passagens pelo clube, já passaram por essa situação. "Estou acostumado. Não só eu como o Antônio Lopes, Ricardo Gomes, Mário Travaglini. Faz parte da nossa cultura. Tem que ter calma", disse, antes de admitir incômodo.
"Discordo de algumas coisas, de alguns gostos. Estou no dia a dia, vivencio o dia a dia e sei o que estou fazendo. Acho que fizemos um ótimo jogo. Com o resultado é que não ficamos satisfeitos, mas tenho que relevar (a cobrança). Nós agimos com a razão", respondeu, abatido.
O resultado diante do Bonsucesso adiou a classificação do Vasco para a próxima fase da competição. Para que a vaga à semifinal fosse confirmada neste sábado, era preciso vencer. Para isso, no entendimento de Adilson Batista, faltou apenas concluir corretamente a gol.
"A obrigação (de se classificar) sempre existe, pelo investimento, pela qualidade dos jogadores, pela torcida, pela história. Agora, futebol é ali dentro. Às vezes, você tem dificuldade. A gente criou e não fez gol. Se for prestar atenção, também tivemos dois lances em que poderiam ter sido marcado pênaltis. Tivemos mais volume, mais posse de bola, criamos mais...", lamentou.
"Às vezes, é questão de achar uma opção melhor, uma escolha melhor de um companheiro. Finalizando, nós estamos. Temos sido superior tanto em posse de bola quanto em número de finalização. Agora, temos que melhorar essa finalização", concluiu o treinador, que volta a preparar a equipe a partir de terça-feira, tendo o Fluminense como próximo adversário, no domingo.
Fonte: Gazeta Esportiva