O título da Unidos da Tijuca no Carnaval do Rio poderia influenciar as eleições no Vasco, ainda sem data para acontecer, este ano. Isso porque um dos pré-candidatos é Fernando Horta, presidente da escola tijucana. Apesar de prometer que só falaria do Gigante da Colina depois do desfile as campeãs, no sábado, Horta disse ao Portal da Band que ainda vai "pensar" sobre a possibilidade de candidatura. O tom, porém, é de desistência.
"O que vem me levando a pensar é minha questão particular. Tenho muitos compromissos com a Unidos da Tijuca e até fora do país. É isso que está me deixando um pouco pensativo", disse Horta, que chegou a lançar uma chapa com Pedro Valente, ex-vice médico do clube, e o empresário Jorge Salgado. "E o Vasco ainda nem sabe quando serão as eleições", completou.
A expectativa dos vascaínos na apuração dos desfiles deste ano era justificada pelo possível peso do resultado do Carnaval na votação para presidente. Uma vitória da Tijuca, como aconteceu, poderia fortalecer Horta não só na escolha do seu nome para encabeçar a chapa, mas também nas eleições. A exposição dos dias de Carnaval poderia garantir a Horta uma popularidade que poucos presidentes de escola de samba contam ultimamente.
Mas Horta, falando na terceira pessoa, nega que sua vitória na Marquês de Sapucaí ecoe em São Januário.
"Eu não preciso do resultado aqui (apuração) para ser presidente do Vasco, porque todo mundo já conhece a capacidade administrativa e a coragem de Fernando Horta. O que aconteceu no Carnaval não vai influenciar nas eleições do clube. Já provamos na Unidos da Tijuca do que somos capazes", concluiu.
Nas últimas eleições, Horta ensaiou uma aliança com Eurico Miranda, de quem já foi mais próximo no passado - principalmente na época em que a Unidos da Tijuca desfilou com o enredo sobre o Vasco, em 1998. Mas o português alegou problemas na formação da chapa e indicação de nomes com Eurico para deixar a disputa.
Caso confirme a nova desistência, a disputa na Colina pode ficar ainda mais polarizada entre Eurico e Roberto Monteiro. A resposta, com forte sotaque português, pode ser dada na Marquês de Sapucaí, na madrugada de domingo.
Fonte: Band